Erradicação da pobreza em Portugal
é urgente e uma exigência
Portugal, os
portugueses e as portuguesas estão cada vez mais pobres (aumento do risco da
pobreza), enquanto que a riqueza se concentra numa minoria da população
portuguesa. Consequência da aplicação dos PEC e da TROIKA, a sociedade
portuguesa empobreceu, tornou-se mais desigual e mais injusta.
A politica
de sucessivos Governos, intensificada nos últimos três anos, tem contribuído
para o agravamento da pobreza, principalmente nas crianças e pessoas idosas,
sem excluir aqueles que trabalhando estão cada vez mais pobres.
Há um responsável
pelo agravamento da pobreza e esse responsável é a política do actual Governo
que promove o desemprego de famílias inteiras, cortes importantes nos
rendimentos (salários e pensões) das pessoas, aumento do custo de bens
essenciais, acréscimo da dificuldade no acesso aos cuidados de saúde, despejos das
habitações por aumento das rendas de casa e convida à emigração forçada de
milhares de jovens com habilitações académicas, agravando, cada vez mais, a
fome das crianças, a solidão dos idosos e banalizando a violência na nossa
sociedade.
Este clima
social é irrespirável e sufoca-nos a esperança, fomenta o individualismo com a
quebra de laços de solidariedade intergeracional.
Há cerca de três
milhões de pessoas que vivem no limiar da pobreza.
O
agravamento da pobreza e o
empobrecimento generalizado da sociedade portuguesa é a marca social do actual
Governo.
A proposta
do Orçamento de Estado para 2015 contém medidas
gravosas além de manter o agravamento de impostos.
Há muito que
a pobreza, em Portugal, está profundamente caracterizada e as soluções propostas não estão em consonância com as
políticas de sucessivos governos que procuram fazer face aos dramas sociais com
medidas assistencialistas.
Quanto mais
se acelera o ritmo de empobrecimento generalizado, maior o fosso que separa os
ricos dos pobres, mais se compromete o
desenvolvimento económico e social do País.
COMBATER AS
CAUSAS DA POBREZA É UMA EXIGÊNCIA URGENTE PARA SE SALVAR O PAÍS DESTE FLAGELO
SOCIAL.
Combater as
políticas económicas e sociais do neo liberalismo, promover a justiça social,
com a repartição menos desigual dos rendimentos nacionais e rejeitar políticas
de assistencialismo caritativo são medidas prioritárias para erradicar a
pobreza.
A
Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos MURPI há muito que
vem denunciando ao longo dos últimos dez anos, a necessidade urgente de parar
com o ritmo e a intensidade da pobreza em Portugal, através de medidas que contemplem
a valorização e actualização dos
salários e pensões, a defesa da escola pública para todos, a defesa do Serviço
Nacional de Saúde, universal geral e gratuito, a protecção na e segurança socia pública, universal e
solidária.
A
Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos MURPI empenha-se e
empenhar-se-á pelo combate à pobreza, propondo a demissão imediata deste
Governo, a convocação de eleições antecipadas e uma alternativa política de
esquerda e soberana.
A
Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos/MURPI participou na
Concentração/Desfile, no dia 24 de Outubro, em Lisboa, promovida pelo MOVIMENTO
ERRADICAR A POBREZA.
Tirado do Jornal nº 132 A VOZ DOS REFORMADOS do MURPI |