sábado, 30 de novembro de 2013

Assembleia Geral do MURPI


 

MOÇÃO

 

ORÇAMENTO DO ESTADO 2014: o roubo das pensões e dos direitos dos reformados, pensionistas e idosos impede-os de viverem uma vida digna

 

A discussão do Orçamento do Estado para 2014 ocorre num momento extremamente complexo e difícil para a vida das famílias portuguesas e, em particular, para os reformados, pensionistas e idosos do nosso País.

O conteúdo do Orçamento do Estado (OE/2014) aprofunda os ataques às pensões e às reformas daqueles que trabalharam e produziram riqueza sob diversas modalidades: alterações à lei do direito à reforma, congelamento das actuais reformas e pensões, aumento da carga fiscal e sujeição da pensão de sobrevivência à condição de recursos.

Estes ataques aos direitos dos reformados são indissociáveis do ataque aos direitos e rendimentos dos trabalhadores, vítimas da intensificação da exploração da sua mão-de-obra, pela redução dos seus salários e dos seus direitos económicos e sociais.

O OE/2014, da responsabilidade do Governo PSD/CDS-PP, ancorado no memorando da Troika assinado em Maio de 2011 pelos partidos que compõem o actual Governo, mas igualmente pelo PS, aprofunda o empobrecimento da generalidade da população, agrava a situação dramática da grande maioria dos reformados, a que acrescem as consequências sociais da fúria destruidora das funções sociais do Estado, designadamente na saúde, na segurança social, nos transportes, entre outras.

Como se não bastassem a ruína e a destruição em que Portugal está mergulhado, em resultado da política de direita prosseguida

nos últimos anos, o Governo atreve-se a apresentar um Orçamento do Estado para 2014 com medidas ainda mais duras e violentas, que tem merecido acções de protesto, entre as quais se destacam as realizadas pelos trabalhadores e reformados, nos dias 1 e 26 de Novembro, em frente da Assembleia da República.

A política financeira deste Governo tem vindo a demonstrar que a desculpa de falta de dinheiro para a defesa dos sistemas públicos da saúde e da segurança social é contrariada pela transferência de vultuosas receitas para alimentar os grandes grupos económicos e financeiros responsáveis pela actual situação.

Porque insiste o Governo numa política fiscal que ataca os rendimentos do trabalho e das pensões, enquanto mantém reduções e isenções fiscais para os rendimentos do capital?

Como explicar que em 2014 se dupliquem os encargos com as parcerias público-privadas?

Como se pode aceitar que em 2014 sejam pagos juros da dívida no valor de 7300 milhões de euros?

O MURPI não aceita uma política de dois pesos e duas medidas e por isso exige:

- o aumento das pensões em 4,7%, com um aumento mínimo de 25€ para as pensões mais baixas;

- a rejeição de qualquer recalculo das pensões da Caixa Geral de Aposentações, bem como alterações no cálculo das futuras pensões;

- a revogação da imposição da condição de recursos às pensões de sobrevivência;

- a actualização do valor dos indexantes dos apoios sociais (inalterado desde 2009), referência para os valores das prestações sociais, nomeadamente o complemento solidário para idosos;

- o não pagamento de IRS pelos contribuintes com rendimentos mais baixos, uma boa parte dos quais são reformados e idosos;

- a revogação do conjunto de medidas que pioram as regras de atribuição de vários abonos e subsídios, entre eles os subsídios de morte;

- a não alteração da idade da reforma fixado nos 65 anos de idade, bem como na fixação dos valores do factor de sustentabilidade;

O MURPI exige igualmente:

- o reconhecimento do MURPI como parceiro social;

- a reabertura dos centros de saúde de proximidade e as urgências, bem como a abolição das taxas moderadoras;

- a garantia aos reformados, pensionistas e idosos, em situação de dependência, de uma rede alargada de cuidados continuados e apoio domiciliário;

- a revogação da lei do arrendamento urbano (“lei dos despejos”);

- a reposição de 50% de desconto nos passes sociais dos reformados, pensionistas e idosos;

Com o Orçamento do Estado deste Governo os sacrificados são os mesmos de sempre, os trabalhadores e os reformados, enquanto continua o escandaloso favorecimento da banca e dos grandes grupos económicos.

E não nos venham falar de mais austeridade, quando a banca e os grandes grupos económicos se apropriam de parcelas crescentes da riqueza nacional, através dos contratos SWAP, dos juros agiotas pagos pela dívida pública, das privatizações, das parcerias público-privadas e de inúmeros benefícios fiscais.

O MURPI, reunido em Assembleia Geral a 30 de Novembro de 2013, apela a todos os reformados, pensionistas e idosos e a todos os dirigentes das Associações e Federações da Confederação a que prossigam a luta, demonstrando a indignação e o protesto, contra esta política e em defesa dos direitos constitucionais.

 

 

Não é a arrogância do Governo PSD/CDS para com os trabalhadores e os reformados, nem a passividade do Presidente da República perante esta desastrosa situação, que nos impedirá de lutar:

- pela defesa dos direitos constitucionais dos reformados, pensionistas e idosos – o direito à autonomia económica, o direito à saúde, o direito à segurança social, o direito a oportunidades de realização pessoal, através de uma participação activa na comunidade

- e por uma vida digna para todos.

Viva a unidade dos Reformados, Pensionistas e Idosos!

 

Lisboa, 30 de Novembro de 2013.

 

Moção aprovada por unanimidade e aclamação.

Esta moção deve ser enviada aos Órgãos de Soberania (Presidência da República, Governo, Assembleia da República), Provedor da Justiça, às Associações de Reformados/MURPI e aos Órgãos da Comunicação Social.

 

 

 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Contra a Nova Humilhação – RSISTIR









 

 

Passado  o período eleitoral e as eleições de 29 de setembro, em que os partidos de direita PSD/CDS, tiveram uma profunda derrota eleitoral autárquica como antes  nunca tinham tido, derrota que se deve  ao repúdio popular pela política seguida pelo governo Passos Coelho / Portas, que abrindo o saco do projeto do Orçamento do Estado para 2014, lançou uma poderosa bestialidade e uma enorme  agressividade, um criminoso confisco contra os reformados, aposentados, pensionistas, os  trabalhadores no ativo, os jovens e as crianças.

Trata-se de uma ofensiva que se traduz em cortes e roubos de pensões e salários, em serviços de saúde, educação, apoios sociais, aumento de bens e serviços, numa linha que já não é só a criminosa austeridade, mas uma humilhação dirigida a todos nós.

A esta humilhação impõe-se que todos nós unidos, que vigorosamente contribuímos para a derrota eleitoral destes cínicos apátridas e mentirosos, ao serviço do grande capital financeiro nacional e internacional, façamos uma frente de resistência para derrubar e atirá-los ao chão.

COMFIANÇA – A direita  que está a impor esta política de destruição dos nossos direitos constituídos ao fim de uma longa vida de trabalho, tem hoje um governo, uma maioria e um presidente da sua cor, que não cumpre as suas prerrogativas constitucionais, provou-se que pode ser derrotada, nas urnas e nas ruas.

As mentiras  que lançam ao país, são mesmo mentiras. Por exemplo, as receitas do Orçamento do Estado, permitem fazer o pagamento de todos os salários, pensões de reforma e todas as funções sociais do Estado e ainda sobra muito dinheiro para investimento público. O que estes senhores não dizem porque não querem, é que não temos dinheiro para pagar aos agiotas que nos cobram altas taxas de juro sobre as nossas dívidas, dos buracos da banca, dos SWAPS, da corrupção e negócios duvidosos.

É pois com confiança na força da nossa luta, da nossa razão que afirmamos haver alternativas que passam por uma política patriótica, dum governo que saiba defender o seu país e o seu povo e que imponha uma negociação da dívida  e dos juros aos credores. Um Governo progressista, de esquerda, que ponha  o País a criar riqueza, emprego e dar a este povo de Abril, de novo a confiança no seu futuro.

EXIGÊNCIA – Nós reformados, pensionistas, aposentados, temos por direito exigir a ser respeitados.

Durante décadas , trabalhámos, construímos o nosso país, criámos riqueza e bem estar para o nosso povo, pagamos os impostos, as contribuições exigidas para a Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações, arcamos com o peso do pagamento de todas as funções sociais do Estado, inclusive a educação, que permitiu muitos atuais governantes e membros dos organismos do Estado tirarem os  seus cursos superiores no ensino público gratuito.

Nós, reformados e pensionistas de hoje, pertencemos a uma geração a quem foram exigidos pesados sacrifícios, inclusive obrigados a participar numa guerra colonial.

A descapitalização das Caixas de Previdência, hoje Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações, têm responsáveis, começou no tempo da ditadura fascista, de Salazar, e continuou por todos os sucessivos Governos a partir de 1978, até hoje. Portanto, hoje temos o direito de resistir, com confiança e exigir  para 2014:  - Anulação dos cortes nas pensões de reforma, de aposentação e de sobrevivência,

- Suspender o CES (contribuição especial de solidariedade),

- Baixar as taxas moderadoras na saúde,

-Baixar o Imposto IRS para valores de 2011.

Exigir ainda:

- Um aumento das pensões de reforma no valor de 3,7%, com valor mínimo de 40€ mensais,

- A revogação do recente aumento da contribuição para a ADSE,

- Os reformados, pensionistas, aposentados e idosos, com confiança na nossa razão, com o seu grande movimento MURPI, vão em luta Resistir, Protestar e Exigir.

Não nos resignamos.
Queremos os nossos direitos, não esmolas.
Vamos lutar por eles – Não desistimos!

 

Por: Manuel Passos

In.  A Voz dos Reformados

sábado, 16 de novembro de 2013

Quer viver (ainda) mais tempo?

·         Vida ativa
Bons hábitos de saúde, o convívio com amigos e uma rotina de exercício promovem saúde e felicidade. Veja, de seguida, as dicas dos especialistas que o ajudam a manter-se saudável nesta fase da vida

·         Dieta equilibrada
Manter uma alimentação saudável é importante em qualquer fase. Mas, na terceira idade, existem necessidades especiais. Privilegie alimentos antioxidantes e faça uma dieta rica em laticínios, verduras, carne vermelha e peixe.
 

·         Exercício físico
Todos os momentos são bons para deixar o sedentarismo de lado e entregar-se à atividade física. O exercício ajuda a manter a silhueta, melhora a saúde física e psíquica, melhora a memória e afugenta o stress. A partir dos 60 anos, deve privilegiar modalidades de impacto reduzido como caminhar, andar de bicicleta ou nadar.

·         Cérebro em forma
Exercite o seu cérebro. Participe em cursos ou atividades. Aprender uma língua nova pode ser uma excelente sugestão para ocupar o seu tempo livre. Esta é uma das formas mais eficazes de construir sinapses entre as células cerebrais.

·         Leitura
Outra das formas de manter o seu cérebro ativo na terceira idade é através da leitura. Sempre que aprendemos algo de novo criam-se novas ligações entre as células cerebrais. Desligue a televisão, sente-se no sofá a leia um livro de que goste.

·         Jogos interativos
Para exercitar o raciocínio, experimente jogos como o sudoku ou o póquer. Ajudam a manter o seu cérebro saudável e, quando praticados em grupo, estimulam o convívio e a amizade. Esta é uma das melhores estratégias contra a demência e a solidão.

·         Convívio social
Não se isole e participe na sua comunidade. Junte-se aos seus amigos ou vizinhos. Conversem, descontraiam e partilhem experiências. Certamente que terão muitas vivências em comum que vão gostar de recordar.

·         Novas tecnologias
Mantenha-se informado através dos jornais, revistas ou televisão e recorra às novas tecnologias. Fazer uso do computador, da internet e de ferramentas como o Facebook ou o Skype é uma excelente forma de se manter atualizado e de estreitar laços com os amigos e familiares que se encontram mais distantes.

·         Dança e divertimento
Inscreva-se na dança. Aprender a dançar é um excelente forma de exercitar o cérebro e o corpo. A aprendizagem de coreografias envolve várias partes do cérebro e é uma boa forma de fazer exercício aeróbico.

·         Laços familiares
Contacte regularmente com amigos, vizinhos ou familiares e invista nas relações afetivas de qualidade. É importante que continue a investir nas suas relações sociais e familiares para manter o sentimento de pertença.

·         Voluntariado
Fazer voluntariado é outra excelente forma de se manter ativo e de se sentir útil. Além da satisfação de apoiar uma causa, participar num projeto de voluntariado permite conhecer novas pessoas e desenvolver outras aptidões.

·         Agenda preenchida
Dê sentido e objetivos ao seu tempo e à sua vida. Preencha o seu tempo e programe as suas atividades diárias. Com uma agenda preenchida, vai sentir-se mais útil, confiante e ativo.

·         Direitos e deveres
Informe-se sobre os seus direitos. Se foi vítima de maus tratos, abuso, violência, negligência ou abandono, procure ajuda especializada. A linha do cidadão idoso, disponível através do número 800 203 531, pode ajudá-lo nesta tarefa.

·         Mantenha-se informado
É importante que se mantenha informado sobre os serviços que tem à sua disposição na cidade onde vive para manter a sua independência e autonomia. Informe-se sobre todos os serviços de proximidade e de transportes disponíveis.

·         Positivismo
Veja os problemas como algo que pode mudar e algo a que possa adaptar-se. Adiar a resolução de um problema é um erro. É importante que mantenha a confiança e o otimismo para acreditar que é capaz de encontrar soluções.

·         Viagens e lazer
Saia para apanhar sol e passear. Viajar é outra excelente forma de estimular o cérebro, já que o obriga a orientar-se em novos locais.

·         Confiança
Não se deixe desvalorizar, inferiorizar, excluir ou deprimir. Sinta-se sempre útil, quer seja pelas tarefas que realiza no dia a dia, quer seja pela sabedoria que adquiriu ao longo da vida. Pense em tudo o que já fez. O sentimento de realização é fundamental. Procure alimentar o sentimento de que deixou alguma coisa feita no seu percurso de vida.

·         Casa segura
Adapte a sua casa às suas dificuldades de mobilidade ou a outros problemas de saúde. É importante que se sinta seguro e confortável no espaço onde passa mais tempo. Para isso, informe-se junto de familiares e amigos ou junto dos serviços adequados sobre as melhores opções que existem para si, de acordo com as suas limitações e necessidades.

·         Não ao isolamento
Não guarde o sofrimento para si nem tenha vergonha de se sentir só. Para isso, é importante que continue a investir nas relações de qualidade. Esse suporte afetivo é essencial para ultrapassar as principais adversidades.

·         Saúde e consultas médicas
Visite o seu médico de família regularmente para vigiar o seu estado de saúde. Nesta etapa da vida, o risco de doenças aumenta e os exames médicos adquirem uma nova importância. A partir dos 65 anos são recomendados vários exames que ajudam a despistar as doenças mais comuns. Faça-os.

·         Longevidade
Encare a vida com otimismo. Os especialistas confirmam mesmo que as pessoas bem-dispostas, otimistas e que dificilmente se deixam levar pelo stress podem viver mais anos. Aproveite os bons momentos da vida e sorria... Muito!


Saudável na terceira idade

Adotar hábitos saudáveis garante 14 anos de vida extra. Saiba como

Uma pessoa que não fume, faça exercício físico, beba álcool moderadamente e coma cinco porções de frutas e legumes diariamente pode aumentar a esperança de vida em 14 anos, segundo revela um estudo britânico publicado no jornal online da Public Library of Science Medicine (PloS Medicine).

O estudo, conduzido por uma equipa internacional, envolveu mais de 20 mil homens e mulheres, dos 45 aos 79 anos, durante um período médio de 11 anos.

O objetivo era quantificar o impacto combinado de quatro comportamentos de saúde na mortalidade desta população. Os peritos descobriram que quem adotou estes quatro hábitos saudáveis viu o seu risco de mortalidade equiparar-se ao de uma pessoa 14 anos mais nova, um resultado indiciador de que pequenas e acessíveis mudanças no estilo de vida podem ter um forte efeito na saúde.

Para saber o que pode fazer para conseguir ser mais saudável na terceira idade.

 

A responsabilidade editorial desta informação é da revista: PREVENIR












 






Magusto 2013















No dia 14, quinta -feira, a nossa Associação realizou o tradicional Convívio do Magusto.
Ao Mercado Municipal ocorreram mais de 120 (cento e vinte) convivas, (sócios, familiares e amigos) que num ambiente de enorme espirito de amizade e camaradagem proporcionaram um ambiente de animação e convívio. 
Não faltaram as castanhas assadas, pelo "especialista" Figueiredo, a jeropiga de vários produtores que quiseram mostrar a sua especialidade, vinho, água pé e outras especialidades.
Muitas associadas confecionaram e ofereceram muitos e deliciosas sobremesas e bolos e tudo isto contribuiu para a boa disposição que as fotos ilustram.
P´ró ano cá estaremos novamente. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Nós os Velhos…



Imagem tirada na NET


Nós os Velhos…
 
Nos Cabelos Brancos que tu tens
Nas rugas que navegam no teu rosto
Que caminhos percorreste, donde vens,
Tuas uvas já transformaste em mostro.
 
Os anos vão passando sobre ti,
Os anos vão passando sobre nós,
Se tu sonhas e tu queres viver Aqui
Jamais deixes calar a tua voz.
 
Aos que teimam em passar-te para trás
Ao país que com o teu esforço construíste,
Grita bem alto e mostra que és capaz
Que tu lutas e nunca desistes.
 
Se alguns com indiferença te esqueceram
Se à rédea solta campeia  o despudor,
Estes pais e avós ainda não morreram
E a vida só é vida com amor.
 
Há sempre em cada um de nós um despertar
De ideias e sonhos, podem crer,
Que enquanto houver força para lutar
Novos e Velhos havemos de vencer.
 
Os Novos de Hoje, são os Velhos de Amanhã,
Esta luta é de todos por igual,
Se o viver não é palavra vã
TODOS JUNTOS é que somos PORTUGAL!
 
In: O Sénior
Por: Luís Sequeira Rodrigues, Faro