quarta-feira, 26 de novembro de 2014

17 de Outubro- Dia Mundial da Erradicação da Pobreza


Erradicação da pobreza em Portugal

é urgente e uma exigência

Portugal, os portugueses e as portuguesas estão cada vez mais pobres (aumento do risco da pobreza), enquanto que a riqueza se concentra numa minoria da população portuguesa. Consequência da aplicação dos PEC e da TROIKA, a sociedade portuguesa empobreceu, tornou-se mais desigual e mais injusta.

A politica de sucessivos Governos, intensificada nos últimos três anos, tem contribuído para o agravamento da pobreza, principalmente nas crianças e pessoas idosas, sem excluir aqueles que trabalhando estão cada vez mais pobres.

Há um responsável pelo agravamento da pobreza e esse responsável é a política do actual Governo que promove o desemprego de famílias inteiras, cortes importantes nos rendimentos (salários e pensões) das pessoas, aumento do custo de bens essenciais, acréscimo da dificuldade no  acesso aos cuidados de saúde, despejos das habitações por aumento das rendas de casa e convida à emigração forçada de milhares de jovens com habilitações académicas, agravando, cada vez mais, a fome das crianças, a solidão dos idosos e banalizando a violência na nossa sociedade.

Este clima social é irrespirável e sufoca-nos a esperança, fomenta o individualismo com a quebra de laços de solidariedade intergeracional.

Há cerca de três milhões de pessoas que vivem no limiar da pobreza.

O agravamento da  pobreza e o empobrecimento generalizado da sociedade portuguesa é a marca social do actual Governo.

A proposta do Orçamento de Estado para 2015 contém medidas  gravosas além de manter o agravamento de impostos.

Há muito que a pobreza, em Portugal, está profundamente caracterizada e as soluções  propostas não estão em consonância com as políticas de sucessivos governos que procuram fazer face aos dramas sociais com medidas assistencialistas.

Quanto mais se acelera o ritmo de empobrecimento generalizado, maior o fosso que separa os ricos  dos pobres, mais se compromete o desenvolvimento económico e social do País.

COMBATER AS CAUSAS DA POBREZA É UMA EXIGÊNCIA URGENTE PARA SE SALVAR O PAÍS DESTE FLAGELO SOCIAL.

Combater as políticas económicas e sociais do neo liberalismo, promover a justiça social, com a repartição menos desigual dos rendimentos nacionais e rejeitar políticas de assistencialismo caritativo são medidas prioritárias para erradicar a pobreza.

A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos MURPI há muito que vem denunciando ao longo dos últimos dez anos, a necessidade urgente de parar com o ritmo e a intensidade da pobreza em Portugal, através de medidas que contemplem a valorização e actualização  dos salários e pensões, a defesa da escola pública para todos, a defesa do Serviço Nacional de Saúde, universal geral e gratuito, a protecção  na e segurança socia pública, universal e solidária.

A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos MURPI empenha-se e empenhar-se-á pelo combate à pobreza, propondo a demissão imediata deste Governo, a convocação de eleições antecipadas e uma alternativa política de esquerda e soberana.

A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos/MURPI participou na Concentração/Desfile, no dia 24 de Outubro, em Lisboa, promovida pelo MOVIMENTO ERRADICAR A POBREZA.

Tirado do Jornal nº 132 A VOZ DOS REFORMADOS do MURPI