quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lazer


PASSEIO CONVÍVIO COM SUBIDA NO RIO DOURO
27 de Maio e 16 de Junho de 2010

A Direcção da União de Reformados Pensionistas e Idosos da Freguesia de Tortosendo, em colaboração com a Câmara Municipal da Covilhã, vem comunicar aos seus associados que, para este passeio, vão estar abertas as inscrições, na sede da nossa Associação, Rua Dr. Gabriel Boavida Castelo Branco, desde o dia 06 de Maio até ao dia 17 do mesmo mês, das 14,00 ás 17,00 Horas, (dias úteis)

Para fazer a respectiva inscrição são necessários os seguintes documentos:
. Bilhete de Identidade
. Cartão de Contribuinte
A partida para este passeio será ás 05h30, na paragem dos Expressos na Rua dos Loureiros.
O preço por pessoa é de 55 € (cinquenta e cinco euros) que serão pagos no acto da inscrição.
O programa consta de: Viagem de autocarro do Tortosendo até V. Nova de Gaia, subida de Barco até Peso da Régua, descida de comboio até ao Porto e regresso de autocarro para o Tortosendo. No preço está incluído, pequeno-almoço e almoço, que serão servidos no barco.
Nota importante: este passeio é destinado, preferencialmente, a associados da URPIT que se podem fazer acompanhar por 1 (um) não sócio, se eventualmente houver lugares disponíveis considerar-se-ão os candidatos, não sócios, que se inscrevam no prazo das inscrições.
A subida ao Rio Douro programada para 16 de Junho só se efectuará se o número de inscritos assim o justificar.

Nota: A aceitação das inscrições fica condicionada à lotação do meio de transporte

Tortosendo, 03 de Maio de 2010

A Direcção

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Actualidade


Este leitor revê o espírito da Revolução de Abril de 1974 e compara-o com a situação social, laboral e política no Portugal do século XIX.

Era Abril, a noite (leia-se a ditadura) tinha terminado e acabado de nascer uma linda menina chamada liberdade. O povo saiu à rua para festejar e, pela primeira vez na minha vida, vi toda a gente feliz. Abril era a primavera da democracia, Lisboa e o resto do nosso País encheu-se de cravos vermelhos, a minha felicidade era a felicidade de todos.
Porém, passado pouco tempo, e com o 25 de Novembro, chegou o Outono da democracia, os cravos foram substituídos por rosas mais ou menos alaranjadas e aos poucos, aquela que fora uma linda menina, cheia de alegria e esperança, foi-se transformando numa senhora cheia de espinhos e feia (uma espécie de democracia)… e assim chegámos ao Inverno da “democracia” .
Desde então, permanece um céu carregado de nuvens esquisitas de um tom rosa-alaranjado, chove desemprego e miséria por todo o País, o povo sangra, os vampiros estão de volta e o sol de Abril ofuscou. Enfim, Portugal foi demasiado pequeno para a grandeza dos homens e mulheres que lutaram pela liberdade e justiça social. È urgente que os cravos floresçam de novo e com eles a esperança do sol e da primavera do futuro.
Viva Abril !

Por: Arlindo de Jesus Costa
Odivelas
Artigo encontrado no DN de 23 de Abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

A reforma não muda só os dias

















Os dias confundiam-se uns nos outros como se fossem um relógio sem ponteiros. Ainda lhe acontecia acordar de manhã, bem cedo, e saltar da cama com medo de estar atrasado, receando enfrentar a fila de trânsito, no seu fato de executivo, com o suor a correr.
Depois, quando abria melhor os olhos e o sono se dissipava, apercebia-se de que não havia razão alguma para se levantar, e que aquilo que sentia era pertença do passado, do tempo em que era alguém. Sentia a azáfama na casa, a mulher a arranjar-se para ir trabalhar e os dois filhos a caminho da Universidade. Ficava de olhos fechados, a fingir que dormia, mas também, a verdade é que fingia que estava acordado durante o dia.
Os amigos tinham-lhe explicado em uníssono a sorte que tivera em ser convidado a reformar-se mantendo ordenado e regalias. E ele abanava a cabeça e dizia que sim claro. Nos primeiros dias, fizera uma lista de tudo quanto podia fazer, uma vez que não tinha nada para fazer. Mas depois sobravam-lhe os dias e descobriu que era velho de mais para ser novo, e novo de mais para ser velho.
Tentou a rotina de se sentar no café a ler o jornal, pela manhãzinha, mas, a seu lado, só via velhos com o cigarro a pender nos cantos da boca, e outros como ele, aparvalhados, ainda com fato de executivo vestido, todos – eles e ele – de gravata, que os hábitos morrem com dificuldade. Cansara-se dos livros, dos filmes, dos outros.
Cada vez falava menos e sabia que era uma sombra que pairava pela casa. Sem emprego, não tinha identidade. Já não era o pai que chegava a casa ao fim do dia com todas as respostas. Ou o marido que sabia coisas.
Agora dera em passar a pé por Lisboa. Metera-se-lhe que um dia, sem aviso ou razão, ao dobrar uma qualquer esquina, ia deparar-se com um futuro.


Por: Luísa Castel-Branco
artigo tirado dos jornais