quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Greve Geral






CGTP-IN SAÚDA OS TRABALHADORES PORTUGUESES




SAUDAÇÃO AOS TRABALHADORES

Os trabalhadores portugueses cumpriram hoje uma jornada histórica: a maior adesão de sempre a uma greve geral, com mais de 3 milhões de trabalhadores envolvidos, correspondendo ao apelo justificado por parte das centrais sindicais, especialmente da CGTP-IN.

A CGTP-IN saúda os trabalhadores portugueses, particularmente aqueles que, com muita coragem, determinação e sacrifícios pessoais, para si e para as suas famílias, exerceram o inalienável direito à greve, mesmo quando confrontados com a proibição de plenários de trabalhadores, recolha ilegal de dados pessoais, ameaças de processos disciplinares ou com o recurso à força policial para dificultar o exercício dos piquetes.

A CGTP-IN saúda os milhares de dirigentes e activistas sindicais que empenhadamente prepararam esta grande Greve Geral e, muito em particular, os jovens que, independentemente das diversas situações de precariedade e pressão chantagista, deram um substantivo contributo para o êxito desta Greve Geral.

Demos expressão a uma enorme indignação e protesto face às injustiças das políticas que vêm sendo seguidas e às práticas governamentais e patronais de desvalorização do trabalho, de redução dos salários, de precarização do emprego, de ataque a direitos sociais fundamentais.

Mas esta luta foi também uma determinada afirmação do futuro, exigindo uma mais justa distribuição da riqueza, a utilização dos recursos e das capacidades produtivas do país, a salvaguarda da soberania nacional. Fizemo-lo com esperança, com confiança e afirmando, com toda a força, a dignidade do trabalho e o direito ao progresso para as jovens gerações.

Fizemos uma extraordinária greve geral, apesar da precariedade de uma larga camada de trabalhadores, das chantagens e ilegítimas pressões de todo o tipo, das ilegalidades praticadas, quer pelo governo, quer por entidades patronais nas tentativas desesperadas de impedir os níveis de adesão que acabaram por se verificar. Esta foi a resposta corajosa, séria e empenhada dos trabalhadores reafirmando a mensagem “sim, nós aderimos”.

O “Eu faço Greve Geral” transformou-se numa atitude dos trabalhadores e das trabalhadoras da administração pública e do sector privado, dos transportes, da aviação, do sector portuário, da saúde, da segurança social, do ensino (em todos os seus níveis), da justiça, dos serviços, da indústria e do comércio. Verificou-se a participação de todas as camadas de trabalhadores, mais e menos qualificados, numa adesão forte, solidária, consciente, actuante e decisiva, provocando, a nível nacional, a maior Greve Geral.

Cada um e todos dissemos não a estas injustiças, a estas políticas, a esta austeridade e, com justa indignação, às assimetrias dos sacrifícios impostos e afirmamos o direito ao futuro. Exigimos novas políticas!

A CGTP-IN manifesta também a sua solidariedade a todos os que, estando de acordo com as razões da Greve Geral, não puderam exercer esse direito por fortíssimos condicionalismos que não foram capazes de vencer, por força de inadmissíveis pressões e coacções impostas pelo patronato e Governo, designadamente face às situações de precariedade que atingem muitos milhares de trabalhadores, à ameaça de desemprego e de não pagamento de prémios e subsídios.

A Greve Geral de hoje atingiu um grande impacto em todas as regiões do país, regiões autónomas incluídas, bem como em todos os sectores de actividade, tendo sido amplamente referenciada pelos media, também internacionais, e saudada por inúmeras organizações estrangeiras, particularmente europeias.

É tempo de o patronato cumprir as leis e os direitos dos trabalhadores, de respeitar a negociação colectiva, de assegurar condições de formação e qualificação, de remunerar com justiça.

É tempo de o Governo tratar os trabalhadores e a população portuguesa como pessoas com dignidade, com direitos e aspirações,com dificuldades e capacidades.

É tempo de o Governo cumprir Acordos estabelecidos, desde logo, assegurar a actualização do Salário Mínimo para 500 Euros em 2011.

É tempo de negociar com os sindicatos a reposição de protecções aos desempregados e aos mais carenciados, bem como, a melhoria das pensões de reforma, desde logo, para aqueles que vivem mais dificuldades.

É tempo de o Governo dialogar e negociar com os sindicatos não a aplicação de programas de empobrecimento, desemprego e recessão económica, mas sim a dinamização do aparelho produtivo, os compromissos necessários para uma produção de bens úteis ao desenvolvimento da sociedade, a melhoria da produção da riqueza e das capacidade competitivas da nossa economia.

Compete ao Governo afirmar e assegurar o direito a emprego com direitos, tratar os portugueses com equidade e garantir uma justa distribuição da riqueza produzida. É tempo de uma efectiva mudança de rumo!

A CGTP-IN e os trabalhadores sabem que as mudanças necessárias não acontecem dum dia para o outro. Elas fazem-se na continuidade da acção e da luta.

Vivam as trabalhadoras e os trabalhadores portugueses!

Lisboa, 24 de Novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

Lazer








Cumprindo uma tradição que vem desde a fundação da nossa Associação, no passado dia 18, (quinta- feira) realizá-mos o tradicional Magusto /Convívio.

Esta iniciativa realizou-se,como vem sendo hábito, nas instalações de C.P.T. Pinhos Mansos, a quem agradecemos a receptividade e hospitalidade que, mais uma vez, manifestaram á nossa solicitação.

Apesar das condições atmosféricas não serem muito favoráveis, foram muitos os sócios (e não só) que quiseram estar presentes e que alguns (bastantes) fizeram questão de, levar a sua jeropiga, "tintól" ou seu bolinho, para enriquecer a mesa de um convívio salutar que se porporcionou nesta iniciativa.

Estiveram, também, representadas algumas organizações e recebemos mensagens s de solidariedade da Confederação Nacional de Reformados (MURPI)

Para ilustrar, um pouco do que atrás ficou dito, colocamos umas fotos colhidas no Convívio.















quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Saúde

Hoje, fomos ao ginásio para ver como está a decorrer esta actividade da nossa Associação.
Recolhemos algumas imagens e ficá-mos satisfeitos pela forma empenhada e disciplinada como as alunas e alunos se aplicam para cuidar do físico e consequentemente da saúde.
Se é sócio da URPIT venha, também, fazer esta actividade saudavel.
















segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Solidariedade


Pelo trabalho e pela paz!

A Campanha em defesa da paz e contra a Cimeira da NATO em Portugal – Campanha «Paz sim! NATO não!» saúda a jornada de luta convocada pela CGTP-IN contra o desemprego e as injustiças – pelo emprego com direitos, por salários justos e dignos e por serviços públicos universais e de qualidade.
A saudação da Campanha «Paz sim! NATO não!» estende-se a todos aqueles e aquelas que sofrem as consequências das injustas medidas que agora são tomadas em nome de uma «crise» da qual não são responsáveis nem para a qual contribuíram.
Não podemos ficar indiferentes à severa e injusta agudização das condições de vida da esmagadora maioria dos portugueses e portuguesas – trabalhadores, jovens, desempregados ou reformados – como consequência do aumento das desigualdades na distribuição da riqueza, isto é, da crescente concentração da riqueza.
Em Portugal, como na generalidade dos países da União Europeia, é àqueles e àqueles que vivem do seu trabalho, aos mais pobres e desprotegidos, que são impostos os sacrifícios ao mesmo tempo que, do outro lado, se verificam e crescem os lucros, benesses e benefícios imorais.
A Campanha «Paz sim! NATO não!» denuncia e rejeita uma política que impõe e pretende vir a impor novos e acrescidos sacrifícios aos trabalhadores e que gasta milhões e milhões de euros com a adaptação das forças armadas portuguesas às exigências da NATO e com o envio de militares portugueses ao serviço das suas agressões a outros povos, como se verifica no Afeganistão – isto é, para a guerra não falta dinheiro.
A corrida aos armamentos, a militarização das relações internacionais e a guerra – de que a NATO é peça central – é contrária aos interesses dos trabalhadores e dos povos.
Dinheiro para a guerra não!
Enquanto milhares de seres humanos morrem de fome e de doenças evitáveis e a pretexto crise e do combate ao défice se atacam as condições de vida e os direitos dos trabalhadores, as despesas militares não cessam de aumentar.
Os orçamentos militares dos países membros da NATO representam mais de 2/3 das despesas militares do mundo.
Verificamos que os grandes responsáveis pela agudização da situação económica e social ao nível nacional e internacional são, afinal, os mesmos que promovem e participam na corrida aos armamentos, na militarização das relações internacionais e a guerra, no desrespeito da soberania dos povos.
Há que dizer basta!
A paz, a defesa da paz e a luta contra a guerra é parte integrante e condição necessária para assegurar a possibilidade de progresso e de justiça social de um povo, de todos os povos!
A melhoria das condições de vida dos trabalhadores portugueses está irmanada com a conquista da paz pelo povo português.
Foi com a Revolução de Abril que os trabalhadores e o povo português conquistaram direitos fundamentais, como o fim da guerra colonial e do seu cortejo de milhares de mortos e dezenas de milhar de estropiados e o inicio e estabelecimento de relações baseadas na paz, na cooperação, na amizade e na igualdade com todos os povos do mundo.
A Constituição que consagrou a paz e o caminho e pão que consagrou a paz e o caminho e projecto de desenvolvimento para o povo português que preconiza que «Todos têm direito ao trabalho», que «Todos têm direito à segurança social», que «Todos têm direito à saúde», que «Todos têm direito a uma habitação condigna», que « Todos têm direito à educação e à cultura», é a Constituição que não podia deixar de consagrar que cada povo é soberano e que tem o direito de decidir do seu presente e futuro.
A Constituição da República Portuguesa nascida da Revolução de Abril estabelece que:
- «Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o pão e o progresso da humanidade»;
- e que «Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de qualquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desenvolvimento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.»
Há que exigir o cumprimento da Constituição da República Portuguesa!
Há que lutar por uma outra política que concretize os seus desígnios de justiça e progresso social, de trabalho e de paz!
Depois da «Cimeira das Lajes» que decidiu a agressão ao Iraque, o nosso país vai de novo servir de anfitrião aos senhores da guerra reunidos agora na Cimeira da NATO, numa clara afronta à aspiração do povo português de uma relação de amizade e de paz com todos os povos do mundo.
Em defesa da paz e contra a Cimeira da NATO em Portugal, a Campanha «Paz sim! NATO não!» convida todos os trabalhadores e trabalhadoras portugueses a participarem na manifestação que esta Campanha promove e organiza no próximo dia 20 de Novembro, pelas 15h00, do Marquês de Pombal à Praça dos Restauradores,
A Capanha
Jornal: A Voz dos Reformados

Orçamento para o ano de 2011


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domingo, 14 de novembro de 2010

Institucional



PLANO DE ACTIVIDADES PARA O ANO DE 2011

A Direcção da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Freguesia de Tortosendo, consciente de que o ano de 2011 será um ano de grandes dificuldades, elaborou o Plano de Actividades e Orçamento, restringindo algumas actividades que seriam realizadas caso a conjectura fosse mais favorável.
Sabemos também que estas consequências serão pagas pelas camadas mais vulneráveis, onde estão inseridos os reformados que auferem Reformas e Pensões que estão no limiar da pobreza, que é o caso da grande maioria dos nossos associados.
A nossa Associação desempenha no contexto social da nossa freguesia um papel muito importante, para o lazer e outras actividades que se coadunam com o patamar da vida em que nos encontramos.
Apesar de todas as dificuldades é intenção dos Órgãos Sociais desta Associação executar ao máximo o Plano ora aprovado pela Direcção.

Estabelecemos as seguinte prioridades:

• Assim queremos continuar a dar dignidade às comemorações do nosso aniversário.
• Participar nas Comemorações do 25 e 1º de Maio.
• Levar os nossos associados ao convívio anual e nacional do Piquenicão.
• Passeio Anual de Verão (com local a definir)
• Continuar a Comemorar o Dia Internacional do Idoso.
• Satisfazer os desejos de muitos associados, ir à Feira de S. Martinho (Golegã)
• Participar em iniciativas que tenham como objectivo defender os direitos dos reformados,

sábado, 13 de novembro de 2010

Informação

Reformados dos lanifícios com situação resolvida a partir de Janeiro de 2011
Dia 1 de Janeiro é a data prevista para a entrada em vigor das novas regras no pagamento da comparticipação dos medicamentos aos reformados dos lanifícios. O despacho que será publicado em Diário da Republica até ao final do ano vai permitir que os reformados levantem os medicamentos sem terem que avançar com o pagamento da despesa. A liquidação da comparticipação de cem por cento será paga pelo Ministério da Saúde directamente às farmácias.

Foi este o resultado da reunião entre o Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB) e o secretario de Estado da Saúde no passado dia 29 de Novembro, transmitida esta terça-feira aos reformados dos lanifícios que se reuniram pela última vez na sede do STBB. Uma batalha longa que terminou com balanço positivo, diz Luís Garra e onde não existiram nem vencedores nem vencidos.

Neste processo foi decisiva a participação dos reformados, "mas também o envolvimento directo e pessoal do director do Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira, Manuel Geraldes, que subscreveu um memorando dirigido ao Ministério da Saúde para resolver a situação", bem como o presidente da ARS Centro, diz Luís Garra.


No JF
Por: Susana Proença

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Educação







SER PESSOA PARA ALÉM DA ESTRUTURA FÍSICA

Ser pessoa em relação a alguém. Ser pessoa em toda a acepção do termo, é possuir um comportamento irrepreensível, ter sempre presente o respeito que se deve à pessoa com quem se priva, mesmo que perfilhe as nossas opiniões, e mostre completo desacordo a solução dada a qualquer assunto que seja posto à discussão. Não devem ser menosprezada as suas palavras, as suas tomadas de posição, porque se prestar a devida atenção ao que ouvimos, Há sempre alguma coisa de válido que sobressai.
A educação deve ser preocupação constante do ser humano, seja qual for o seu nível na sociedade: formação pessoal, mentalidade privilegiada, meios de cultura, sua religião, credo, raça ou cor. Merece o respeito que proficientemente uma actividade digna de nota, ou construiu uma obra que o destaca na sociedade, não deve usar estes valores pessoais, que o elevam a um nível superior e o impõem à consideração geral do meio onde se movimenta, nem deve menosprezar que um abaixo desse nível se apresenta.
Todas as pessoas, como seres humanos que são, nos merecem respeito e consideração. Minimizar alguém só porque o seu modo de vida, sua actividade profissional, revelam-se inferiores a outros níveis de vida ou profissionais, é passar um atestado de ignorância a quem assim julga o seu semelhante, sabendo que não é uma formação académica que eleva a pessoa, mas sim a riqueza dos dotes naturais onde se caracterizam a honestidade, a humildade e a confiança. E quantas vezes nos deparamos com pessoas bem falantes, bem entradas nos meandros das letras e do campo cultural, bem remuneradas, que a sua capacidade e a competência para as fun ções que desempenham, geram, mas que noutro aspecto são de nível inferior? No trato com pessoas que não conseguiram subir os escalões que a outros foi facilitado, reduzem-nos a um grau de inferioridade, fazendo sobressair a sua classe como mais evoluída, julgando-se no direito de a tratar com menos deferência. Os que assim procedem cometem um erro de todo o tamanho. Porque os que não puderam subir as escadas do ensino secundário ou superior, por dificuldades económicas, muitas pessoas, talentosas, tiveram que guiar os seus passos para outras vias, também úteis ao país, construíram obra de relevo, executando-a eficientemente, como bons profissionais que são, onde o esmero, a perfeição e a competência se revelam. Daqui se conclui que não é preciso uma formação académica para produzir trabalho de alto valor para on país e para a sociedade onde se integra. Quem se julga superior, devido a uma boa formação intelectual, e grande capacidade de gestão, ao trabalhador que exerce uma actividade menos relevante mas que é necessária ao país, está a trair a sua inteligência e a mostrar uma péssima percepção da vida activa ao não se dar conta dos mais diversos ramos de trabalho que são necessários desenvolver em qualquer país, para o que tem que contar com as pessoas certas para os executar.
Por isso toda a matéria produzida ou de serviços é operacional e alguém preparado para essas actividades lá está a dar o seu contributo ao país no desempenho da sua missão, tantas vezes arriscado, como é do conhecimento geral. E são as obras de construção civil, envolvendo edifícios, pontes, túneis ou trabalham do a muitos metros abaixo do solo nas indústrias extractivas. São trabalhos menores e têm um lugar inferior na sociedade, quem os pratica? Mas é bom não esquecer que estes heróis de profissões cheias de risco, são tão úteis no desempenho das sua funções, como o são, com o seu talento, os que gerem empresas com zelo e competência.
E termino como comecei: Ser pessoa em relação a alguém, seja branco, negro, castanho, amarelo, ou ruivo, ou de religião incompatível com a sua, desde que se apresente com educação, respeito, honestidade, humildade, e não com ambição desmedida, arrogância e desrespeito, merece toda a nossa consideração, mesmo que o seu nível intelectual seja inferior.
Prevalece a educação.
Por isso ser educado, solidário e convivial, não vêm da formação académica estes valores. Estes valores são demasiado importantes para não se importarem. Conquistam-se e elevam a pessoa. E é por esta via que se deve caminhar se quisermos viver em sociedade onde o conflito fique ausente, e onde as pessoas pratiquem actos humanitários e de solidariedade, cada vez a ficarem mais distantes, e se revelem despidas de qualquer vaidade, não menosprezando que exerça actividades menores, ou até pô-lo à margem da sociedade, porque esse é tão responsável no seu trabalho como um financeiro ou economista, mesmo não possuindo habilitações ou melhor formação profissional.
Com toda a humildade, fomos buscar este artigo, do nosso amigo e associado, Zé Laço, ao Boletim Nº 72 da LAT.
(As fotos são da nossa Associação).

sábado, 6 de novembro de 2010

Não às Portagens

Foto do arquivo de Ramiro Venâncio
Foto, gentilmente cedida pelo Blog do Navegante
Porque os nossos reformados também têm necessidade de utilizar as SCUTs e porque as suas reformas e pensões, na maior parte dos casos são de "miséria" e certamente não estarão de acordo com a introdução do pagamento de portagens nestas vias, solidariamente fomos "roubar" este artigo em O NAVEGANTE sobre uma reunião hoje realizada no Entroncamento .
Comissões de Utentes Nacionais das SCUTS reunidas no Entroncamento aprovam “Jornada Nacional de Protesto”

As comissões de utentes das auto-estradas até agora "Sem Custos para o Utilizador" (SCUT) decidiram hoje em reunião, realizada no Entroncamento, promover no próximo dia 15, uma “Jornada Nacional de Protesto” contra a introdução de portagens nestas vias e apelaram aos condutores para manifestarem o seu descontentamento no dia da greve geral.
No final de uma reunião realizada esta manhã no Entroncamento, José Rui Ferreira, porta voz nacional das comissões de utentes, disse aos jornalistas que estas acreditam que a introdução de portagens nas antigas e actuais auto-estradas sem custos para o utilizador “não é um facto irreversível”.
Nesse sentido, decidiram dar “nova dinâmica”, a nível nacional, ao protesto contra esta medida, adiantou.
O responsável adiantou, que o protesto do próximo dia 15, precisamente um mês depois da introdução de portagens nas três SCUT do Norte, terá as formas que forem decididas localmente por cada uma das comissões de utentes.
Quanto ao apelo aos utentes para que se associem, das formas que entenderem, ao protesto no dia 24 de Novembro, José Ferreira afirmou que a greve geral convocada para esse dia é “não apenas uma jornada sindical, mas uma grande jornada de protesto”.
A reunião de hoje, a segunda a nível nacional mas a primeira depois da introdução das portagens nas SCUT do Norte, no passado dia 15 de Outubro, serviu ainda para fazer um “levantamento do impacto” da medida, afirmou.
O também porta voz da Comissão de Utentes da Póvoa do Varzim/Vila do Conde lamentou a “enorme confusão” e a “enorme falta de respeito” pelos milhares de utilizadores das vias que passaram a ser portajadas, referindo-se à forma como foram vendidos os identificadores.
Os atrasos na venda dos dispositivos electrónicos e na atribuição das isenções provocou um grande desvio de tráfego para as “pseudo alternativas”, trazendo problemas de segurança a algumas localidades.
As comissões de utentes, consideram “condenável” que as lideranças políticas do PS, PSD e CDS/PP não tenham inviabilizado a introdução de portagens.
Para José Ferreira, o princípio do “utilizador/pagador” é uma “falsa questão”, já que as vias em causa são infra-estruturas “fundamentais para o desenvolvimento da actividade económica do país”, frisando que as receitas geradas ultrapassam “em muito” os custos de manutenção.
José Ferreira lamentou que o Estado tenha ocultado estudos que provam que as SCUT são “autosustentáveis”, tendo em conta o aumento de receitas que advêm para as regiões que atravessam, só para “ir buscar dinheiro de qualquer maneira”.
O porta-voz adiantou ainda, que há estudos que têm como referência o ano de 1999 que mostram que os custos de construção e manutenção das SCUT eram da ordem dos 4000 milhões de euros quando o aumento da receita fiscal previsível era da ordem do 10000 milhões de euros.