terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sociedade


Editorial


A Inter-Reformados vai passar a ter uma folha informativa trimestral, que saudamos, dado que é mais uma forma de comunicação com as diversas estruturas de reformados, a nível nacional.
Estamos em vésperas de dois actos eleitorais da maior importância para as nossas vidas: para a Assembleia da República que vai eleger os deputados na nação , que neste mandato vão ter poderes de revisão constitucional, e donde emana o Governo; e, para os diversos órgãos do Poder Local que, como sabemos, nomeadamente em áreas sociais.
A CGTP-IN apresentou, aos partidos políticos, propostas concretas, visando compromissos claros sobre matérias essenciais, para que das eleições saiam programas de governação a favor dos trabalhadores, reformados, população mais carenciada e para o desenvolvimento do País.
É necessário mudar de políticas, é uma reclamação de há muito da CGTP-IN, e os 10 eixos estratégicos apresentados, contribuiriam decisivamente para isso.
Os reformados e aposentados foram das camadas da população que mais sentiram os efeitos das políticas do PS, perderam poder de compra, apenas mantido nas pensões mínimas. Tendo Sócrates posto termo a um ciclo de crescimento das pensões mínimas.
Na função pública, as legítimas expectativas dos trabalhadores, construídas ao longo da sua vida profissional, foram atingidas, mudando este Governo, mais uma vez, as regras de aposentação, unificando no retrocesso, retirando direitos que os trabalhadores, ao longo de gerações, foram construindo.
Na reforma da Segurança Social, em nome da sustentabilidade financeira do sistema, aceleraram o período de transição, que era o meio de salvaguardar os direitos adquiridos e em formação, este facto penalizou brutalmente os trabalhadores entretanto reformados e com os rendimentos mais baixos. A luta travada, a partir da região de Braga, foi decisiva para a Assembleia da República repor, em parte, o período de transição, levando à revalorização das pensões, mas ficaram por resolver os retroactivos, ou seja, desde a entrada em vigor, o diploma que alterou as regras, até àquela altura.
Foi promovida, entretanto, uma petição para que os retroactivos fossem pagos, que foi agendada para o dia 23 de Julho, na Assembleia da República. Tem que se referir que, no mínimo, foi inadmissível a atitude do PS, que nos 3 minutos que tinha para se pronunciar sobre a mesma, não referiu nem uma palavra sobre o assunto em apreço, porque sabiam que a petição era da mais elementar justiça.
Mas não foi só esta petição em apreciação, no dia 22 de Julho esteve outra petição promovida pala CGTP-IN e que a Inter-Reformados se empenhou, para que fosse revogado o factor de sustentabilidade e os critérios de actualização das pensões e, mais uma vez, o PS sustentou que fez tudo bem, para salvar a sustentabilidade da Segurança Social.
A CGTP-IN demonstrou que existiam outros caminhos para a sustentabilidade, mas o Governo rejeitou. A CGTP-IN considera estes aspectos fundamentais e não vai desistir deles, para que a protecção social nos seja garantida, com a dignidade que merecemos ter, por isso são temas a colocar na agenda política dos próximos actos eleitorais.



Por - Maria do Carmo Tavares
Editorial do

Setembro de 2009
As boas ideias não têm idade, apenas têm futuro.

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