quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sociedade


2011 Ano de Luta contra as injustiças Sociais
Este ano de 2011 inicia-se sob o signo da austeridade para a grande maioria dos trabalhadores e reformados portugueses e de abastança para os grandes grupos económicos e financeiros portugueses.
Portugal apresenta o segundo valor mais alto do índice de desigualdade social da União Europeia, logo a seguir à Letónia e ex-aequo com a Bulgária e Roménia, segundo a revelação de um estudo divulgado pelo Observatório das Desigualdades. A actual situação social e económica do nosso país é fruto da políticas e opções erradas tomadas há mais de duas décadas e acentuadas pela política de direita do Governo PS,
Quem não se lembra que durante a década de governação de Cavaco Silva, a troco de recebimento de avultados fundos comunitários, o Governo português aceitou matar a agricultura, criando maior dependência do exterior e agravando o défice da balança agro-alimentar, também desmantelou a frota pesqueira e destruiu a indústria portuguesa, tornando deste modo mais frágil o tecido produtivo arrastando consigo milhares e milhares de desempregados, muitos dos quais pré-reformados.
Quem não se lembra da governação do Partido Socialista, quer com Guterres que acentuou aceleradamente o nosso défice externo e com Sócrates que, a pretexto da correcção do défice orçamental, aumentou os impostos, congelou o aumento dos salários e das reformas e reduziu drasticamente o investimento público e gerou escandalosamente o desemprego.
Fica assim provado que esta política de alternância política tem conduzido o nosso país para um beco sem saída.
Porque uma política que privilegie directa ou indirectamente os grandes grupos financeiros agrava a situação de milhares e milhares de trabalhadores e reformados portugueses.
Porque a política de direita praticada por aqueles governantes acentuam a injustiça social, lançam mais pessoas na pobreza, com especial incidência entre as crianças e os idosos, a somar aos restantes trabalhadores e desempregados atingindo actualmente mais de 2 milhões de pobres em Portugal.
O Orçamento de Estado de 2011 aprovado pelo PS com a cumplicidade do PSD é uma peça contendo medidas de austeridade, que vão desde cortes salariais, congelamento das das reformas e pensões, redução dos apoios sociais, aumentos acentuado de impostos e o consequente agravamento do custo de vida; este é o verdadeiro programa de austeridade para os que menos têm, ao mesmo tempo que os lucros financeiros da banca e dos grandes grupos económicos florescem, beneficiando de isenções e reduções fiscais decididas pelo Governo.
Contra esta situação temos que resistir e lutar, derrotando o conformismo e a inevitabilidade, expressando por todos os meios o nosso descontentamento e protesto, e criando condições para uma verdadeira alternativa política de esquerda que defenda os interesses de quem trabalha e proteja e respeite a dignidade daqueles que ao longo das suas vidas trabalhando contribuíram para o aumento da riqueza do nosso país.
Para todos os que acreditam que é possível mudar: Um Bom Ano!
Por: Casimiro de Menezes
Em: A Voz dos Reformados

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