A Jornada organizada pelas
Associações de Reformados da Covilhã, Tortosendo e Unhais da Serra, realizou-se
no dia 01 de Junho no espaço do Centro Cívico da Covilhã, estiveram presentes,
aproximadamente, 100 (cem) reformados e pensionistas. Inicialmente actuou o
Grupo de Cantares "A Lã e a Neve" da Ass. de Reformados da Covilhã,
seguidamente a dirigente do MURPI, Maria de Jesus Bernardino, dirigiu aos
presentes umas palavras relacionadas com esta Jornada de
Luta, seguidamente o dirigente José Ribeiro, em representação da Associação da
Covilhã também dirigiu algumas palavras, depois o dirigente Ramiro Venâncio, da
Associação do Tortosendo, leu uma intervenção (que se junta em anexo), por fim,
Maria de Jesus dirigente do MURPI leu a Resolução Nacional que foi
aprovada por unanimidade.
A Jornada de Luta
culminou com mais uma pequena actuação do Grupo "A Lã e a Neve".
Ontem, dia 02 de Junho, três
representantes das Associações entregaram na Segurança Social da
Covilhã, em mão própria, à senhora directora desta instituição, a
Resolução aprovada e solicitaram uma resposta.
Estimados amigos, Reformados e Pensionistas
Fazemos uma especial saudação a todos os que,
neste momento, se juntaram a nós para levar por diante esta Jornada Nacional de Luta, da Confederação
Nacional de Reformados, do MURPI, que tem como principal objectivo: reivindicar
o aumento Intercalar das Reformas e Pensões.
No nosso distrito continua a alastrar a
desertificação e por consequência o aumento da idade média da população
residente, os reformados e pensionistas continuam a aumentar, prevendo-se que
nesta data, a percentagem, seja superior a 50%.
Ao fazer-mos um breve levantamento
verificamos, com desagrado, que no distrito de Castelo Branco há falta de
organizações, movimentos ou associações que possam agir e actuar em defesa dos
direitos, proporcionar actividades e lazer e bem estar aos Reformados e
Pensionistas, no nosso concelho temos três
Associações e a Inter-Reformados, que é composta maioritariamente por elementos
deste concelho.
As três Associações existentes no nosso concelho (Covilhã,
Tortosendo e Unhais da Serra) tiveram a sua origem quase em simultâneo
após a Revolução do 25 de Abril,
inicialmente como Comissões de Reformados da indústria de lanifícios, no inicio
dos anos 90, com estatutos aprovados e legalizados, fizeram a sua legalização
na Conservatória Notarial da Covilhã. Também nesta data, estas associações
pediram a sua filiação na Confederação Nacional do Movimento Unitário de
Reformados, Pensionistas e Idosos – MURPI, que foi aceite, da qual fazem parte
integrante e com qual actuam em estreita ligação, como é o caso desta Luta que hoje e aqui estamos a
travar, pelo aumento intercalar das reformas e pensões.
Lutamos também pelo direito ao acesso
universal de todas as pessoas idosas aos equipamentos sociais da Segurança Social
e do consequente aumento e melhoramento da rede de estruturas de apoio à
terceira idade.
Organizam passeios que proporcionam a muitos
idosos visitarem locais e regiões que
durante a sua vida activa não tinha sido possível, organizam caminhadas e convívios
e momentos de lazer, evocam e participam nas comemorações de datas históricas
que têm a ver com a cultura do nosso Povo, em estreita colaboração com a
Inter-Reformados comemoram todos os anos, no mês de Outubro, o Dia
Internacional do Idoso.
Os reformados e pensionistas portugueses não
têm qualquer estrutura que os represente no Conselho Económico e Social (CES), o
MURPI Confederação Nacional de Reformados, que congrega mais de duzentas
associações de reformados em todo o país, há alguns anos, apresentou a sua
candidatura para ter acento neste órgão estatal, o processo tem sido adiado
pelos sucessivos governos, Porque é justo e necessário estarmos representados
neste organismo, as Associações de Reformados da Covilhã, Tortosendo e Unhais
da Serra, estão a englobar a luta da
Confederação Nacional de Reformados – MURPI- por este objectivo e pelo aumento
das reformas e pensões.
No nosso distrito a pobreza alastra, a
exclusão social aumenta, famílias que escondem as dificuldades tudo isto
derivado ás políticas, que visam sacrificar os mais frágeis e indefesos.
Para quem descontou e levou uma vida
inteira de trabalho merece viver o resto dos seus dias com dignidade.
Por isso é preciso dizermos: basta de
congelamento das reformas, basta de pensões de miséria, estamos no limite, já
não aguentamos mais, nos últimos anos os governos tornaram a vida dos
reformados e pensionistas mais penosa e hoje e aqui dizemos: é possível
concretizar um aumento mínimo de 25 euros nas pensões, há muito reivindicado
pelo MURPI e aprovado nos seu 8º Congresso.
Viva a justa Luta dos Reformados e
Pensionistas !
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