Os dirigentes e técnicos que trabalham nos clubes/associações populares são os primeiros a referir a crise devido às constantes dificuldades com que se defrontam na sua acção. Outros referem que o associativismo, tal como o conhecemos, é coisa do passado, condenada a desaparecer por incapacidade de adaptação à sociedade actual.
Os primeiros têm, certamente, toda a razão, e os segundos poderão ter alguma.
O Movimento Associativo encontra-se, assim, numa posição difícil, quer por esta última razão, quer porque, pela sua própria natureza e vocação, não pode sobreviver por si próprio em muitas situações. Podemos, por exemplo, pensar na situação de um clube criado numa aldeia do interior do País com algumas centenas de habitantes que têm baixa capacidade económica e necessitam de resposta a problemas essenciais para o seu bem estar, o preenchimento sadio do seu tempo e a livre participação responsável na vida da comunidade.
O clube/associação popular constitui o único local de expressão e resolução de algumas das necessidades de carácter social e a nível inicial de vida democrática. Além disso é, na grande maioria das situações, o único local de participação dos indivíduos num projecto comum e de relação criativa com a cultura sob qualquer das suas formas.
Quer isto dizer que o desaparecimento de qualquer clube/associação, constituirá uma perda irreparável para a vida social, cultural e desportiva, e um empobrecimento profundo da vida das populações.
É importante compreender que existem forças sociais que se opõem à existência destes “corpos intermédios” (clubes/associações) porque são incómodos, reivindicativos e exigem dinheiros do Orçamento de Estado para o desempenho das suas funções.
A atitude do Estado em relação a esta situação é clara: ou o Movimento Associativo aceita e se adapta à sua (do Estado) perspectiva, ou… está condenado a morrer.
Nisto tudo há uma grande esquecida: a população. No fundo é ela que justifica a acção do clube. Mas a satisfação das suas necessidades, a resposta aos seus interesses, a liquidação das desigualdades e da segregação social, não constituem preocupações para as novas técnicas de gestão. De facto, o que se pretende é substituir a eficácia social do serviço público e impedir o desenvolvimento de um processo de intervenção activa do cidadão na vida do clube/associação e, por extensão, da comunidade.
Extracto de uma análise de: A. Mello de Carvalho
Os primeiros têm, certamente, toda a razão, e os segundos poderão ter alguma.
O Movimento Associativo encontra-se, assim, numa posição difícil, quer por esta última razão, quer porque, pela sua própria natureza e vocação, não pode sobreviver por si próprio em muitas situações. Podemos, por exemplo, pensar na situação de um clube criado numa aldeia do interior do País com algumas centenas de habitantes que têm baixa capacidade económica e necessitam de resposta a problemas essenciais para o seu bem estar, o preenchimento sadio do seu tempo e a livre participação responsável na vida da comunidade.
O clube/associação popular constitui o único local de expressão e resolução de algumas das necessidades de carácter social e a nível inicial de vida democrática. Além disso é, na grande maioria das situações, o único local de participação dos indivíduos num projecto comum e de relação criativa com a cultura sob qualquer das suas formas.
Quer isto dizer que o desaparecimento de qualquer clube/associação, constituirá uma perda irreparável para a vida social, cultural e desportiva, e um empobrecimento profundo da vida das populações.
É importante compreender que existem forças sociais que se opõem à existência destes “corpos intermédios” (clubes/associações) porque são incómodos, reivindicativos e exigem dinheiros do Orçamento de Estado para o desempenho das suas funções.
A atitude do Estado em relação a esta situação é clara: ou o Movimento Associativo aceita e se adapta à sua (do Estado) perspectiva, ou… está condenado a morrer.
Nisto tudo há uma grande esquecida: a população. No fundo é ela que justifica a acção do clube. Mas a satisfação das suas necessidades, a resposta aos seus interesses, a liquidação das desigualdades e da segregação social, não constituem preocupações para as novas técnicas de gestão. De facto, o que se pretende é substituir a eficácia social do serviço público e impedir o desenvolvimento de um processo de intervenção activa do cidadão na vida do clube/associação e, por extensão, da comunidade.
Extracto de uma análise de: A. Mello de Carvalho
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