sábado, 14 de dezembro de 2013

Saúde


                        Artrite reumatoide

Atinge três vezes mais mulheres do que homens e afeta, em Portugal, cerca de 40 mil doentes

É uma doença reumática inflamatória que causa dor, edema (inchaço), rigidez e perda de função nas articulações.
É a forma mais comum de artrite e a sua causa é desconhecida.
Sabe-se, no entanto, que o sistema imunitário tem um papel importante no seu desenvolvimento.
O Instituto Português de Reumatologia (IPR) explica que «existe uma resposta errada do sistema imunitário, que reconhece as  próprias células como estranhas e ataca-as, causando uma resposta inflamatória nas articulações e outros órgãos». Esta doença afeta entre 0,5 a 1% de população mundial. Em Portugal, estima-se que 40 mil pessoas sofram deste problema.

Come se manifesta

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Existe um grau variável de dor nas articulações (na maior parte simétrica e mais de manhã) muitas vezes com edema ou inchaço, calor e vermelhidão das articulações, sensação de rigidez matinal (sentir-se enferrujado de manhã) que dura mais de 30 minutos e sensação de cansaço que muitas das vezes limita a atividade do doente.

Como se diagnostica

Para além da história clínica e a avaliação das articulações, aspectos como os reflexos e a força muscular poderão ser avaliados pelo médico. Existe também o apoio de meios complementares de diagnóstico como análises ao sangue, ecografia músculo-esquelética e a ressonância magnética em alguns casos selecionados.

Como se trata

A estratégia terapêutica, segundo o reumatologista Luís Cunha Miranda, implica não só a prescrição de medicamentos mas também «outro tipo de abordagem complementar  como os programas de medicina física e de reabilitação, exercício, alimentação, em alguns casos, a cirurgia».

Por outro lado, «as terapêuticas biotecnológicas (ou biológicas) são desde há 10 anos uma viragem importante na forma como podemos intervir».
Os últimos avanços médicos permitiram alcançar objetivos «que até aqui eram difíceis de conseguir», como a baixa atividade ou a remissão, refere ainda este especialista. Estes medicamentos são tecnologicamente mais evoluídos e apresentam grandes melhorias no controlo da doença. O reumatologista aguarda, no futuro, a  criação de «terapêuticas individualizadas de acordo o perfil genético individual».


Como aumentar a qualidade de vida dos doentes

A «assistência por especialistas em Reumatologia, o cumprimento do plano de medicação e de apoio bem como um seguimento regular» pode fazer, segundo Luís  Cunha Miranda, com que «o resultado final de uma doença potencialmente devastadora seja claramente melhor».



Texto: Cláudia Vale da Silva com Luís Cunha Miranda (reumatologista)

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