quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Ação de Reformados



As Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos da Covilhã e do Tortosendo estiveram concentradas junto à segurança social, na Covilhã, na transata quinta-feira. O protesto visou alertar as entidades competentes, neste caso a Segurança Social, para situações que afetam esta classe e que “se revelam cada vez mais difíceis de superar”, asseverou Ramiro Venâncio. O porta-voz das duas associações afirmou que o custo de vida, nomeadamente os sucessivos aumentos nas despesas do quotidiano “não corresponde ao valor das reformas”, que “já não são atualizadas desde 2006”. Artigo completo na edição impressa.

SENSIBILIZAR. Foi o objetivo do protesto realizado pelas Associações de Reformados da Covilhã e do Tortosendo, Ramiro Venâncio, porta-voz das duas associações, espera que a Segurança Social possa contribuir, para que "as reivindicações dos reformados sejam analisadas e incluídas no Orçamento de Estado do próximo ano"

As Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos da Covilhã e do Tortosendo estiveram concentradas junto à segurança social, na Covilhã, na transata quinta- feira.
O protesto visou alertar as entidades competentes, neste caso a Segurança Social, para situações que afetam esta classe e que "se revelam cada vez mais difíceis de superar", asseverou Ramiro Venâncio.
O porta voz das duas associações afirmou que o custo de vida, nomeadamente os sucessivos  aumentos nas despesas do quotidiano "não corresponde ao valor das reformas", que já não são atualizadas desde 2006". Nesta região, os reformados são na maioria oriundos da indústria têxtil e estes têm reformas com valores muito baixos e os encargos com despesas obrigatórias  não param de aumentar", frisou.
Ramiro Venâncio afirmou ter conhecimento, através das responsabilidades que tem como dirigente de uma associação de reformados, de "casos dramáticos, de famílias com problemas graves a nível social", justificando que "esta ação em conjunto das duas associações de reformados pretende mostrar o nosso descontentamento junto da Segurança Social".
Entre algumas das reivindicações dos reformados está a atualização do valor das pensões, num valor mínimo de 25 euros, bem como a abolição das taxas moderadoras  na saúde e a reposição dos rendimentos ou a abolição da contribuição extraordinária de solidariedade. Ramiro Venâncio sublinhou que "estas medidas ainda podem ser incluídas no Orçamento de Estado para o próximo ano".
"A discussão do documento está agora a iniciar-se, e nós, queremos sensibilizar e fazer com que se altere o rumo que tem vindo a ser seguido ultimamente", reiterou.
Na deslocação à Segurança Social, as Associações de Reformados, Pensionistas Idosos entregaram um documento à coordenadora desta entidade, onde "estão plasmadas as reivindicações", esperando que, "possam ser analisadas e que, pelo menos algumas, sejam incluídas e aceites no Orçamento de Estado para o ano de 2015.
 
Por: Ricardo Tavares
 
In Jornal: Forum Covilhã  edição de 28 de outubro de 2014
 


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ação de Reformadodos Covilhã e Tortosendo

As Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos da Covilhã e Tortosendo, levaram a efeito uma ação conjunta na Segurança Social da Covilhã.
O documento, que abaixo se transcreve, foi entregue por dirigentes das duas Associações à Senhora Coordenadora, derivado à ausência do Senhor Diretor deste serviço.
Ás questões expostas, as nossas Associações,  solicitaram uma resposta da Segurança Social. 








Queremos Abril nas nossas vidas e no futuro dos nossos netos
Em Portugal cerca de dois milhões de pessoas idosas são vítimas da pobreza exclusão social, solidão e doença incapacitante.
Nos últimos anos, os reformados, pensionistas e Idosos foram, também, directamente ou indirectamente, as principais vítimas da política de austeridade que vem contribuindo para o seu crescente empobrecimento, com a redução progressiva e contínua dos seus rendimentos.
O encerramento de serviços públicos e de proximidade vem contribuindo para um maior isolamento e desertificação da nossa região e agrava as necessidades das populações idosas, como os cuidados de saúde  dificultados pelo aumento generalizado das taxas moderadoras e o elevado custo dos medicamentos, encerramento de postos clínicos e de serviços de internamento, e encarecimento dos transportes para a utilização dos serviços de saúde.
No Distrito de Castelo Branco os reformados, pensionistas e aposentados constituem uma população a rondar os 55%, valores muito superiores à média nacional. Muitos deles são trabalhadores ainda relativamente novos que deixam o mundo do trabalho compulsivamente, sujeitos a penalizações com cortes gravosos na pensão que vão receber para o resto das suas vidas e que lhes limita e obstrui planos feitos para uma vida mais digna.  Os valores médios das pensões no distrito, pelo facto a maioria dos reformados ser oriunda das indústrias transformadoras e agricultura, estão bastante abaixo dos valores médios nacionais, sendo que muitos dos bens considerados essenciais e de primeira necessidade são mais caros no Interior Centro e Sul que no resto do país o que torna a vida a esta camada etária quase insustentável.
No concelho da Covilhã a percentagem de reformados e pensionistas é também muito elevada. Cerca de 42% da população da Covilhã é pensionista ou reformada. Neste concelho, o valor médio das pensões anuais é muito baixo (não chegando aos 340 euros mensais), configurando situações de miséria, autênticos dramas sociais e geracionais. 
Também os reformados do sector têxtil são confrontados com a necessidade de pagar adiantado os medicamentos o que provoca sérias dificuldades e impede que muitos aviem as receitas ou fiquem a dever às farmácias.
A protecção social está cada vez mais reduzida, em consequência dos cortes dos diversos subsídios: complemento solidário para os idosos, complemento por dependência, rendimento social de Inserção, subsídio de morte e funeral e outros.
Muitos dos reformados, pensionistas e Idosos viram a sua situação económica e social agravada com o desemprego e a imigração dos seus filhos e netos, vendo-se obrigados a dar-lhes sustento e apoio.
Face a actual situação e num momento em que está em discussão o orçamento Estado (O.E.) para o ano de 2015, as Associações de Reformados Pensionistas e Idosos da Covilhã e Tortosendo, filiadas no MURPI – Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos, manifestam publicamente a seu descontentamento e exigem do Governo que tome medidas nomeadamente:
·        Reposição dos rendimentos roubados nas reformas;
·        Reposição dos benefícios fiscais retirados e abolição da contribuição extraordinária de solidariedade;
·        Abolição das taxas moderadoras nos centros de saúde e hospitais e a defesa do Serviço Nacional de Saúde;
·        A segurança social deve pagar directamente às farmácias os medicamentos dos reformados dos lanifícios
·        Aumento da rede de cuidados de saúde continuados;
·        Aumento de 4,8% de todas as pensões, com o aumento mínimo de 25 euros e a defesa da segurança social pública, universal e solidária;
·        Reposição do poder de compra de bens essenciais como a água, electricidade e gás
A proposta de OGE para 2015 deixa claro que vamos ser confrontados com o aumento generalizado do custo de vida, nomeadamente os combustíveis em cerca de 3%, (aumento ao qual se soma o agravamento da contribuição sobre o sector rodoviário, integrado no ISP, em mais 160 milhões de euros), e o aumento do Gás Natural doméstico em mais de 4% e da electricidade em mais de 3%. A revisão da Taxa de Gestão de Resíduos e da Taxa de Recursos Hídricos determinará de igual forma o aumento da despesa das famílias na factura da água e resíduos, a que se acrescenta o imposto sobre os sacos de plástico.
Os reformados da Covilhã por via das suas estruturas associativas do MURPI exigem do Governo medidas que travem e invertam esta política injusta e de empobrecimento que tem vindo a ser seguida, exigindo respeito e dignidade na reforma.
Queremos Abril nas nossas vidas e no futuro dos nossos netos
23 de Outubro de 2014
As Direcções de Reformados Pensionistas e
Idosos da Covilhã e Tortosendo
 
 
 
 

17º Convívio Dia Internacional do Idoso (Covilhã)


"NÃO AGUENTAMOS MAIS"



O desabafo de refirmados ouvido no 17º Convívio realizado, no jardim público da Covilhã, pela Inter-Reformados da USCB/CGTP, associações de reformados da Covilhã e do Tortosendo e comissões de reformados dos Têxteis, STAL e da Função Pública.

 
por Paulo Pinheiro







Imagens da União de Reformados de Tortosendo



Os reformados e pensionistas têm muitas razões para continuarem a lutar por melhores condições de vida. O descongelamento de pensões, o valor das taxas moderadoras, o fim do serviço de apoio aos doentes "são apenas alguns assuntos que vão continuar a merecer a nossa reivindicação e protesto" refere o coordenador distrital de Castelo Branco da Inter-Reformados.

A necessidade  de aproveitar os saberes e experiência dos idosos  foi destacada pela coordenadora nacional da Inter-Reformados. Para Fátima Canavezes "seria importante que cada pessoa idosa não fosse espoliada, antes compensada pelo desgaste de uma vida inteira e fosse incentivada a participasse , em diversas áreas, da sociedade portuguesa", defende a dirigente.

Manuel Passos, membro da direcção nacional do MURPI (movimento unitário de reformados, pensionistas e idosos), não escode a indignação pela situação difícil e precária em que muitos idosos vivem

"O Governo que não venham com migalhas para os reformados.  Dar três euros de aumento, a muitos idosos que recebem reformas de miséria, é uma vergonha. Exigimos que as pensões que estiveram congeladas desde 2010 tenham uma actualização de 25 euros", reclama o representante do MURPI

Para além do protesto e reivindicações, o convívio contou com a participação  dos grupos de cantares "A lã e a neve" e o de concertinas.