MURPI denuncia manobras eleitoralistas
A mentira continua
Segundo a Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI), as reformas e pensões de mais de três milhões e 600 mil pessoas continuam congeladas desde 2009.
Em nota de imprensa, difundida no início deste ano, a MURPI acusa o Governo de mentir quando afirma que aumentou as pensões mínimas, «sendo que, apenas de uma forma miserável, actualizou o primeiro escalão das pensões mínimas (2,59 euros), bem como as pensões do regime especial das actividades agrícolas (2,39 euros) e as pensões do regime não contributivo (dois euros)». Insignificantes são também os aumentos nos complementos de dependência.
«Todos os pensionistas com uma carreira contributiva superior a 15 anos têm as suas pensões congeladas desde 2010», acusa a Confederação, considerando que os aumentos apregoados pelo Executivo PSD/CDS são «um atentado à dignidade dos pensionistas e dos reformados».
A MURPI considera ainda que o aumento da idade para aceder à reforma, que passou para os 66 anos e dois meses, e o aumento dos valores do factor de sustentabilidade, que vai reduzir substancialmente as pensões de futuros reformados, constituem outras medidas penalizadoras contra o direito social a ter uma pensão digna.
«Nos últimos anos tem-se intensificado o empobrecimento dos cerca de três milhões de pensionistas da Segurança Social e dos mais de 600 mil da Caixa Geral de Aposentações, que são, ainda, em muitos agregados familiares, o suporte de seus filhos e netos, vítimas do flagelo do desemprego», acentua a Confederação, alertando para o facto de o Governo se estar a preparar «para efectuar cortes de mais de cem milhões de euros nas prestações sociais», medida aprovada pela maioria PSD/CDS, em sede de Orçamento do Estado para 2015.
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