segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Saude Visual


TECNOLOGIA AO SERVIÇO DA ACUIDADE VISUAL
O avanço cirúrgico no mundo e em Portugal é uma das faces mais visíveis da tecnologia aplicada à saúde. Conheça as mais avançadas técnicas cirúrgicas oftalmológicas de extracção da miopia, do astigmatismo e da catarata, do Institutocuf.
A evolução tecnológica das técnicas cirúrgicas em oftalmologia é constante devido aos avanços informáticos, ao interesse das empresas produtoras dos materiais envolvidos e á realização regular de congressos da especialidade, explica Castro Neves, especialista em cirurgia refractiva do institutocuf.
No âmbito imagiológico, mais relacionado com a retina, “está disponível um protótipo do OCT, um aparelho que faz a leitura das camadas da retina e que só agora está a começar a ser comercializado”. Segundo afirma, o OCT revela-se uma mais-valia ao nível da análise profunda e global da retina, com o recurso a uma tomografia de coerência óptica. “É como se fosse uma TAC, mas tem uma estrutura finíssima, lê macroscopicamente as camadas da retina.

Cirurgia refractiva
“de última geração”
Os avanços tecnológicos verificaram-se na correcção da miopia e do astigmatismo que se realiza através de cirurgias com laser de última geração, acrescenta Castro Neves, Esta tecnologia faz uma escultura da superfície da córnea que visa corrigir a graduação planeada para cada doente. “A tecnologia veio permitir seleccionar os doentes que poderão ser intervencionados com sucesso. “Contrariamente ao que sucedia há dez ou quinze anos, actualmente seleccionamos muito mais apuradamente os casos, pois temos aparelhos sofisticados que nos dão resultados estatísticos, por exemplo, sobre a morfologia do olho”, justifica o cirurgião. Pesquisaram-se dois tipos de situações que não podem ser alvo de cirurgias. São elas o cratocone e a degenerescência marginal plúcida da córnea.

Recuperação
pós-operatória

da cirurgia refractiva
A recuperação da cirurgia à miopia é célere, muito embora não deva haver “facilitismos nem abusos”, realça Castro Neves. Afirma que, no dia seguinte, o paciente já pode ter um quotidiano normal, mas “não deve mexer nos olhos nem aproximar-se de tóxicos. Quem trabalha com computadores deve usar lágrimas artificiais pois a lubrificação dos olhos é fundamental.”
Após a cirurgia, o doente deve ser analisado nos três ou quatro primeiros dias, após uma semana e passado um mês. no fim de um ano, deve consultar o especialista, passando a ser analisado posteriormente de dois em dois anos. “Isto porque um olho míope tem características diferentes de um normal ao nível da retina e dimensão. Pode corrigir-se a sua miopia, mas convém vigiar, pois a retina fica mais frágil.”

Avanços na cirurgia
da catarata
A cirurgia de remoção da catarata realiza-se actualmente também com o recurso às técnicas mais avançadas comprovadas. “O Ozil é disso exemplo. È uma técnica que se está a disseminar por Portugal. Consiste numa cirurgia com ultrasons – emissões de ultrasons – com uma agulha que vibra longitudinalmente, para destruir e liquidificar a catarata (facoemulsificação), define o especialista. O objectivo desta técnica é tornar líquida a parte da catarata, para que possa ser removida evitando a abertura do olho para a sua extracção, característica das primeiras cirurgias. A facoemulsificação progrediu nos últimos três anos, “porque a agulha ultrasónica em vez de abordar o material opaco – a catarata – com movimentos longitudinais, fá-lo com movimentos rotacionais, o que tornou a cirurgia mais segura”, avança.
In: Jornal Centro de Saúde: Dezembro de 2009

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