Passado o período
eleitoral e as eleições de 29 de setembro, em que os partidos de direita
PSD/CDS, tiveram uma profunda derrota eleitoral autárquica como antes nunca tinham tido, derrota que se deve ao repúdio popular pela política seguida pelo
governo Passos Coelho / Portas, que abrindo o saco do projeto do Orçamento do
Estado para 2014, lançou uma poderosa bestialidade e uma enorme agressividade, um criminoso confisco contra
os reformados, aposentados, pensionistas, os
trabalhadores no ativo, os jovens e as crianças.
Trata-se de uma ofensiva que se traduz em cortes e roubos de
pensões e salários, em serviços de saúde, educação, apoios sociais, aumento de
bens e serviços, numa linha que já não é só a criminosa austeridade, mas uma
humilhação dirigida a todos nós.
A esta humilhação impõe-se que todos nós unidos, que
vigorosamente contribuímos para a derrota eleitoral destes cínicos apátridas e
mentirosos, ao serviço do grande capital financeiro nacional e internacional,
façamos uma frente de resistência para derrubar e atirá-los ao chão.
COMFIANÇA – A direita que está a impor esta política de destruição
dos nossos direitos constituídos ao fim de uma longa vida de trabalho, tem hoje
um governo, uma maioria e um presidente da sua cor, que não cumpre as suas
prerrogativas constitucionais, provou-se que pode ser derrotada, nas urnas e
nas ruas.
As mentiras que lançam
ao país, são mesmo mentiras. Por exemplo, as receitas do Orçamento do Estado,
permitem fazer o pagamento de todos os salários, pensões de reforma e todas as
funções sociais do Estado e ainda sobra muito dinheiro para investimento
público. O que estes senhores não dizem porque não querem, é que não temos
dinheiro para pagar aos agiotas que nos cobram altas taxas de juro sobre as
nossas dívidas, dos buracos da banca, dos SWAPS, da corrupção e negócios
duvidosos.
É pois com confiança na força da nossa luta, da nossa razão
que afirmamos haver alternativas que passam por uma política patriótica, dum
governo que saiba defender o seu país e o seu povo e que imponha uma negociação
da dívida e dos juros aos credores. Um
Governo progressista, de esquerda, que ponha
o País a criar riqueza, emprego e dar a este povo de Abril, de novo a
confiança no seu futuro.
EXIGÊNCIA – Nós reformados, pensionistas, aposentados, temos
por direito exigir a ser respeitados.
Durante décadas , trabalhámos, construímos o nosso país,
criámos riqueza e bem estar para o nosso povo, pagamos os impostos, as
contribuições exigidas para a Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações,
arcamos com o peso do pagamento de todas as funções sociais do Estado,
inclusive a educação, que permitiu muitos atuais governantes e membros dos
organismos do Estado tirarem os seus
cursos superiores no ensino público gratuito.
Nós, reformados e pensionistas de hoje, pertencemos a uma
geração a quem foram exigidos pesados sacrifícios, inclusive obrigados a
participar numa guerra colonial.
A descapitalização das Caixas de Previdência, hoje Segurança
Social e Caixa Geral de Aposentações, têm responsáveis, começou no tempo da
ditadura fascista, de Salazar, e continuou por todos os sucessivos Governos a
partir de 1978, até hoje. Portanto, hoje temos o direito de resistir, com
confiança e exigir para 2014: - Anulação dos cortes nas pensões de reforma,
de aposentação e de sobrevivência,
- Suspender o CES (contribuição especial de solidariedade),
- Baixar as taxas moderadoras na saúde,
-Baixar o Imposto IRS para valores de 2011.
Exigir ainda:
- Um aumento das pensões de reforma no valor de 3,7%, com
valor mínimo de 40€ mensais,
- A revogação do recente aumento da contribuição para a ADSE,
- Os reformados, pensionistas, aposentados e idosos, com
confiança na nossa razão, com o seu grande movimento MURPI, vão em luta
Resistir, Protestar e Exigir.
Não nos resignamos.
Queremos os nossos direitos, não esmolas.
Vamos lutar por eles – Não desistimos!
Por: Manuel Passos
In. A Voz dos Reformados
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