segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Contra a Nova Humilhação – RSISTIR









 

 

Passado  o período eleitoral e as eleições de 29 de setembro, em que os partidos de direita PSD/CDS, tiveram uma profunda derrota eleitoral autárquica como antes  nunca tinham tido, derrota que se deve  ao repúdio popular pela política seguida pelo governo Passos Coelho / Portas, que abrindo o saco do projeto do Orçamento do Estado para 2014, lançou uma poderosa bestialidade e uma enorme  agressividade, um criminoso confisco contra os reformados, aposentados, pensionistas, os  trabalhadores no ativo, os jovens e as crianças.

Trata-se de uma ofensiva que se traduz em cortes e roubos de pensões e salários, em serviços de saúde, educação, apoios sociais, aumento de bens e serviços, numa linha que já não é só a criminosa austeridade, mas uma humilhação dirigida a todos nós.

A esta humilhação impõe-se que todos nós unidos, que vigorosamente contribuímos para a derrota eleitoral destes cínicos apátridas e mentirosos, ao serviço do grande capital financeiro nacional e internacional, façamos uma frente de resistência para derrubar e atirá-los ao chão.

COMFIANÇA – A direita  que está a impor esta política de destruição dos nossos direitos constituídos ao fim de uma longa vida de trabalho, tem hoje um governo, uma maioria e um presidente da sua cor, que não cumpre as suas prerrogativas constitucionais, provou-se que pode ser derrotada, nas urnas e nas ruas.

As mentiras  que lançam ao país, são mesmo mentiras. Por exemplo, as receitas do Orçamento do Estado, permitem fazer o pagamento de todos os salários, pensões de reforma e todas as funções sociais do Estado e ainda sobra muito dinheiro para investimento público. O que estes senhores não dizem porque não querem, é que não temos dinheiro para pagar aos agiotas que nos cobram altas taxas de juro sobre as nossas dívidas, dos buracos da banca, dos SWAPS, da corrupção e negócios duvidosos.

É pois com confiança na força da nossa luta, da nossa razão que afirmamos haver alternativas que passam por uma política patriótica, dum governo que saiba defender o seu país e o seu povo e que imponha uma negociação da dívida  e dos juros aos credores. Um Governo progressista, de esquerda, que ponha  o País a criar riqueza, emprego e dar a este povo de Abril, de novo a confiança no seu futuro.

EXIGÊNCIA – Nós reformados, pensionistas, aposentados, temos por direito exigir a ser respeitados.

Durante décadas , trabalhámos, construímos o nosso país, criámos riqueza e bem estar para o nosso povo, pagamos os impostos, as contribuições exigidas para a Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações, arcamos com o peso do pagamento de todas as funções sociais do Estado, inclusive a educação, que permitiu muitos atuais governantes e membros dos organismos do Estado tirarem os  seus cursos superiores no ensino público gratuito.

Nós, reformados e pensionistas de hoje, pertencemos a uma geração a quem foram exigidos pesados sacrifícios, inclusive obrigados a participar numa guerra colonial.

A descapitalização das Caixas de Previdência, hoje Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações, têm responsáveis, começou no tempo da ditadura fascista, de Salazar, e continuou por todos os sucessivos Governos a partir de 1978, até hoje. Portanto, hoje temos o direito de resistir, com confiança e exigir  para 2014:  - Anulação dos cortes nas pensões de reforma, de aposentação e de sobrevivência,

- Suspender o CES (contribuição especial de solidariedade),

- Baixar as taxas moderadoras na saúde,

-Baixar o Imposto IRS para valores de 2011.

Exigir ainda:

- Um aumento das pensões de reforma no valor de 3,7%, com valor mínimo de 40€ mensais,

- A revogação do recente aumento da contribuição para a ADSE,

- Os reformados, pensionistas, aposentados e idosos, com confiança na nossa razão, com o seu grande movimento MURPI, vão em luta Resistir, Protestar e Exigir.

Não nos resignamos.
Queremos os nossos direitos, não esmolas.
Vamos lutar por eles – Não desistimos!

 

Por: Manuel Passos

In.  A Voz dos Reformados

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