Há uma mentira que todos
os dias, todos sem excepção, governo e seus defensores e apoiantes nos tentam
impingir: NÃO HÁ DINHEIRO!
É FALSO! O dinheiro não desapareceu, como é
óbvio. Está é a ser transferido dos bolsos dos que menos têm, para as carteiras
dos mais ricos. Alguns exemplos.
Segundo o Banco de
Portugal, só no período 2008-2011 foram transferidos para o exterior 74.942
milhões de euros, cerca de 43,6% do PIB.
Para as PPP na saúde, em
apenas 4 hospitais – Braga, Cascais, Loures e Vila Franca - o país assumiu
encargos de cerca de 2.500 milhões de euros.
A banca, depois da
construção de lucros milionários alcançados com a especulação da dívida pública
nacional (em 3 anos um lucro de 3.828 milhões de euros), é contemplada com mais
de 12 mil milhões de euros em nome da sua recapitalização. E beneficiária de
mais 35 mil milhões de euros disponibilizados a título de garantias.
Os principais bancos e
centros financeiros europeus e os chamados mercados associados ao BCE e ao FMI
vêem garantidos, à conta do empréstimo de 78 mil milhões de euros, um
acrescento em juros e comissões superior a 35 mil milhões de euros (cerca de
20% do PIB).
Estes mais de 35 mil
milhões de euros a pagar de juros pelo empréstimo da troika correspondem à
estimativa de toda a receita fiscal para 2012. Daria para pagar todos os
salários de trabalhadores da administração pública, seja central, local ou
regional durante 4 anos.
Os 12 mil milhões de euros
disponibilizados à banca, para que não tenham os accionistas - eles que
receberam os lucros - que pôr dos seus capitais, são mais do que todas as
pensões pagas pela segurança social aos reformados portugueses.
Oito mil milhões de euros,
entre pagamentos e garantias, já estão empenhados pelo Estado, directamente ou
através da Caixa Geral de Depósitos, no BPN. Esses 8 mil milhões de euros
chegariam para pagar durante 4 anos a comparticipação a 100% (a gratuitidade),
de todos os medicamentos receitados em ambulatório em todos os hospitais e
centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde.
Os 450 milhões de euros já
pagos no processo do BPP são aproximadamente a mesma verba retirada desde 2010,
anualmente, no abono de família e no rendimento social de inserção, em
conjunto.
O mesmo governo que corta
nas verbas para o Serviço Nacional de Saúde, entrega 320 milhões de euros em
2012 às parcerias público-privadas na saúde. É um valor quase 14 vezes superior
a todo o investimento público do Ministério da Saúde em 2012, que é só de uns
míseros 23 milhões de euros.
É o roubo organizado a
partir do Governo PSD/CDS!!!
Especialista em
Sistemas de Comunicação e Informação