O envelhecimento populacional é um triunfo. É o resultado do
desenvolvimento das sociedades, uma vitória do ser humano sobre males adversos e também de políticas seguidas visando
criar uma melhoria das condições de vida e de saúde das populações. Se, por
um lado é triunfo também é um problema, porque esse envelhecimento populacional é, muitas vezes, visto como um problema por muitos dos governantes atuais. Para os idosos é um triunfo ou um problema se os anos ganhos a mais forem anos com qualidade de vida ou anos de sofrimento, de perdas, de incapacidades e de dependência.
um lado é triunfo também é um problema, porque esse envelhecimento populacional é, muitas vezes, visto como um problema por muitos dos governantes atuais. Para os idosos é um triunfo ou um problema se os anos ganhos a mais forem anos com qualidade de vida ou anos de sofrimento, de perdas, de incapacidades e de dependência.
Os
idosos são objeto de um discurso ambíguo por par- te das instituições sociais e do Estado que ora
os protege, ora os aponta como causadores dos males que afligem os sistemas públicos
de saúde e de segurança social.
As
pessoas desejam viver cada vez mais, desde que essa sobrevida aumentada lhes proporcione uma vida com boa qualidade.
Vida e Saúde são inseparáveis!
É
intuitivamente óbvio que Vida e Saúde são inseparáveis. O que interessa à Saúde deve fazer parte de qualquer conceito de Qualidade de Vida. Isto, é funda- mental para os idosos. Ter Saúde é uma dimensão muito importante
para a qualidade de vida dos idosos. Ter boa saúde é um fator determinante de boa qualidade de vida para os mais
velhos.
A longevidade trouxe alterações nos padrões de saúde de todos os países, com aumento da cronicidade mudando, assim, o perfil de morbi-mortalidade. Nesta situação de prevalência aumentada de dioenças crônicas, o principal objetivo dos procedimentos e políticas de saúde já não visa a cura, mas a manutenção de resultados dessas políticas e dos tratamentos que devem ser avaliados através de variáveis subjetivas, que incluam as perceções dos indivíduos em relação ao seu bem-estar.
A longevidade trouxe alterações nos padrões de saúde de todos os países, com aumento da cronicidade mudando, assim, o perfil de morbi-mortalidade. Nesta situação de prevalência aumentada de dioenças crônicas, o principal objetivo dos procedimentos e políticas de saúde já não visa a cura, mas a manutenção de resultados dessas políticas e dos tratamentos que devem ser avaliados através de variáveis subjetivas, que incluam as perceções dos indivíduos em relação ao seu bem-estar.
A
pobreza é um dos grandes fatores de risco para as pessoas idosas - as más condições económicas e de habitação, as reformas baixas,
as dificuldades
no acesso aos serviços e, em geral, o aumento das despesas em diversas áreas, particularmente
na área da saúde, contribuem para as situações de vulnerabilidade e dependência
destas pessoas.
Nas
aldeias, a
situação é, muitas
vezes, mais dramática pelo isolamento
social e geográfico, dificuldades de transporte e de acesso aos serviços.
Para podermos falar de
uma boa qualidade de vida, tem de haver um nível material mínimo: a satisfação das
necessidades mais elementares da vida humana. Alimentação, moradia, trabalho, educação, transporte, saúde, lazer, acesso a água potável, saneamento básico, respeito e dignidade
são necessidades elementares. Para cada uma destas, há um nível minimamente aceitável. Abaixo dele, temos a exclusão social.
É verdade que, no nosso país, os idosos são, em geral, pessoas com possibilidades menores de
uma vida com qualidade, devido não só à imagem social da velhice, vista como época de perdas, incapacidades, decrepitude, impotência, dependência, mas também, pela situação obletiva de reformas insuficientes, oportunidades negadas, enfim, de esclusão social.
O
acesso aos cuidados de Saúde está a tornar-se cada vez mais inacessível para os
idosos devido aos aumentos das taxas moderadoras, das deslocações aos serviços, dos gastos com transportes e com medicamentos.
Os
aumentos de preços de bens essenciais como água, gás, eletricidade e alimentação estão a degradar de forma acelerada a sua qualidade
de vida, diminuindo
a sua saúde e as suas resistências às doenças crónicas de
que padeçam.
que padeçam.
O
ministro da Saúde já anunciou que vai haver cortes nas próteses, nos pacemakers, etc. facto que vai atingir,
uma vez mais, os idosos, os idosos com deficiências e mesmo as deficiências próprias da
idade.
idosos irão continuar a luta cada vez mais determinados e unidos em torno do seu movimento que tem sabido sempre erguer a voz na defesa dos seus legítimos direitos.
Tirado do Jornal A Voz dos Reformados do MURPI
Por: Anita Vilar, Psiquiatra
Os
idosos são objeto de um discurso ambíguo por par- te das instituições sociais e do Estado que ora
os protege, ora os aponta como causadores dos males que afligem os sistemas públicos
de saúde e de segurança social.
As
pessoas desejam viver cada vez mais, desde que essa sobrevida aumentada lhes proporcione uma vida com boa qualidade.
Vida e Saúde são inseparáveis!
É
intuitivamente óbvio que Vida e Saúde são inseparáveis. O que interessa à Saúde deve fazer parte de qualquer conceito de Qualidade de Vida. Isto, é funda- mental para os idosos.
Ter Saúde é uma dimensão muito importante para a qualidade de vida dos idosos. Ter boa saúde é um fator determinante de boa qualidade de vida para os mais velhos.
A
longevidade trouxe alterações nos padrões de saúde de todos os países, com aumento da cronicidade mudando, assim, o perfil de
morbi-mortalidade. Nesta situação de prevalência aumentada de doenças crônicas, o
principal objetivo dos procedimentos e políticas de saúde já não visa a cura, mas a manutenção de uma boa qualidade de vida. Nos dias de hoje, os resultados dessas políticas e dos tratamentos devem ser Ter Saúde é uma dimensão muito importante para a qualidade de vida dos idosos. Ter boa saúde é um fator determinante de boa qualidade de vida para os mais velhos.
avaliados através de variáveis subjetivas, que incluam as perceções dos indivíduos em relação a seu bem-estar.
A
pobreza é um dos grandes fatores de risco para as pessoas idosas - as más condições económicas e de habitação, as reformas baixas,
as dificuldades
no acesso aos serviços e, em geral, o aumento das despesas em diversas áreas, particularmente
na área da saúde, contribuem para as situações de vulnerabilidade e dependência
destas pessoas.
Nas
aldeias, a
situação é, muitas
vezes, mais dramática pelo isolamento
social e geográfico, dificuldades de transporte e de acesso aos serviços.
Para podermos falar de
uma boa qualidade de vida, tem de haver um nível material mínimo: a satisfação das
necessidades mais elementares da vida humana. Alimentação, moradia, trabalho, educação, transporte, saúde, lazer, acesso a água potável, saneamento básico, respeito e dignidade
são necessidades elementares. Para cada uma destas, há um nível minimamente aceitável. Abaixo dele, temos a exclusão social.
É verdade que, no nosso país, os idosos são, em geral, pessoas com possibilidades menores de
uma vida com qualidade, devido não só à imagem social da velhice, vista como época deperdas, incapacidades, decrepitude, impotência, dependência, mas, também,pela situação objetiva de reformas insuficientes, oportunidades negadas, enfim, de exclusão social.
O acesso aos cuidados de Saúde está a tornar-se cada vez mais ina cessível para os idosos devido aos aumentos das taxas moderadoras, das deslocações aos serviços, dos gastos com transportes e com medicamentos.
Os aumentos de preços de bens essenciais como água, gás, eletricidade e alimentação estão a degradar de forma acelerada a sua qualidade de vida, diminuindo a sua saúde e as suas resistências às doenças crónicas de que padeçam.
O acesso aos cuidados de Saúde está a tornar-se cada vez mais ina cessível para os idosos devido aos aumentos das taxas moderadoras, das deslocações aos serviços, dos gastos com transportes e com medicamentos.
Os aumentos de preços de bens essenciais como água, gás, eletricidade e alimentação estão a degradar de forma acelerada a sua qualidade de vida, diminuindo a sua saúde e as suas resistências às doenças crónicas de que padeçam.
O
ministro da Saúde