segunda-feira, 27 de maio de 2013

Informação




440 mil pensionistas vão pagar dupla
tributação sobre o valor ilíquido
da pensão (um verdadeiro saque!)
 
Todos os pensionistas da Caixa Geral das Aposentações e do Centro Nacional de Pensões, com valor de pensão superior a 1350€, sofreram o desconto do IRS sobre a "Contribuição Extraordinária de Solidariedade" (CES),
 
Tal facto é resultante da decisão do Ministério das Finanças (Nota Técnica sobre a Contribuição Extraordinária de Solidariedade) que faz incidir sobre o rendimento sujeito a IRS apenas na parte que exceder a dedução específica, que neste ano foi reduzida de 6,100€ para 4.104 €. Os trabalhadores no ativo que recebam o mesmo rendimento sofrem menos redução do que os reformados do sector público e privado. Enquanto o valor da CES anual não for superior a 4.410€, o aposentado da CGA e o reformado da Segurança Social não podem deduzir mais nada do que já deduziam em 2012, suportando por esta razão, integralmente
a CES pois não a podem deduzi
r no rendimento sujeito a IRS.
Estão nestas condições 440 mil reformados que auferem pensões superiores a 1.350€, que irão pagar
impo
sto sobre um rendimento (CES) que não recebem!
Trata-se de mais uma grave injustiça que torna patente o desrespeito pelo direito a uma reforma digna após uma vida de trabalho, que "forja" de forma escandalosa "novos ricos", cujos rendimentos estão a saque! Trata-se de mais um roubo ao rendimento dos reformados, um verdadeiro confisco, sob a forma de imposto.
 
MURPI exige transparência para com os reformados e pensionistas
O MURPI considera que, associada a uma política de pensões assentes na manutenção de baixos valores de
 
 
reforma para a maioria dos reformados e pensionistas abrangidos pelo Sistema Público de Segurança Social, acresce a falta de transparência na informação que lhes é devida relativa aos valores mensais pagos em fevereiro e nos meses seguintes do corrente ano.
 
 
Pedido de audiência ao ministro da Segurança Social
O MURPI vai pedir uma audiência com o ministro da Segurança Social para lhe colocar este conjunto de problemas e para destacar, mais uma vez, as consequências das suas políticas de empobrecimento dos reformados, na tentativa de divisão entre reformados do setor privado e do setor público e entre reformados como pensões diferenciadas. Acresce as preocupações do MURPI relativamente às ameaças de 4.000 milhões de euros, nas áreas das pensões, saúde e mobilidade, que este Governo pretende concretizar, em conluio com a Troika.
A Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos/MURPI utilizará todos os meios para denunciar mais esta ilegalidade e injustiça social e irá solicitar a intervenção do provedor da Justiça para
repor a legalidade constitucional.
 
A Confederação/MURPI apela a todos os reformados que vejam cometidas arbitrariedades nos descontos das suas pensões que informem o MURPI.
 
A Confederação/MURPI apela a todos os reformados que estão a ser vítimas da política deste Governo que se unam ao protesto e expressem a indignação.

Lisboa, 1 de março de 2013
 
A Direão da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos/MURPI 
 
Do Jornal "A Voz dos Reformados" 
 
 

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