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MILHARES GRITAM NAS RUAS DO PAÍS A SUA REVOLTA
Respondendo ao
apelo do MURPI, muitos milhares de reformados e idosos manifestaram o seu
descontentamento nas ruas de várias cidades do país. Em Lisboa, muitos milhares
marcharam da Praça do Município ao Rossio, gritando palavras de revolta e
indignação pelos sucessivos cortes governamentais nos seus parcos recursos e
outras medidas que estão a degradar, de para dia, sua qualidade de vida; outros
milhares, um pouco por todo o País reclamaram a defesa dos seus direitos.
“Não! Não e não
ao roubo das pensões!”, “Nós, os reformados, estamos fartos de ser roubados!” e
“Governo, escuta, os reformados estão em luta!”, foram palavras de ordem que se
ouviram ao longo de todo o percurso, bem demonstrativas do desagrado dos
manifestantes com as medidas de Passos Coelho e seus pares.
“Hoje, 12 de Abril, faz-se história, na
unidade e convergência da luta específica dos reformados e do papel da sua luta
organizada e de apoio ao MURPI, na exigência da inversão da política de ataque
sem precedentes aos rendimentos, às condições de vida e ais direitos sociais
dos reformados dos sectores público e privado”, realçou Casimiro Menezes,
presidente da Confederação Nacional dos Reformados Pensionistas e Idosos, num
intervenção a encerrar a jornada de luta.
“MURPI nacional,
exige ser parceiro social” foi uma ideia força que ganhou o apoio uníssono dos
manifestantes.
Casimiro Menezes denunciou
que os reformados estão “confrontados quotidianamente com as consequências da
política deste Governo que declara guerra a todos os sectores da população,
ataca os direitos e promove o desemprego”. Ele avisou, ao mesmo tempo, que tem
de “ficar claro que o futuro da sustentabilidade da segurança social não pode
justificar estes ataques contra importantes direitos de protecção na velhice,
nem é justificável que o pagamento das actuais pensões, mesmo as mais elevadas,
que resultaram de descontos feitos ao longo da sua vida de trabalho, ponha em
causa o direito à reforma das futuras gerações de reformados”.
Os manifestantes
aprovaram por aclamação um documento no qual se exige a “reposição dos
rendimentos roubados nas reformas”, o restabelecimento dos “benefícios fiscais
e a abolição da Contribuição Extraordinária de Solidariedade”, bem como a
“abolição das taxas moderadoras nos centros de saúde e hospitais”. Os
reformados e idosos advogam, igualmente, a revogação da lei das rendas de casa,
o aumento de 4,8 por cento de todas as pensões, a reposição do poder de compra
de bens essenciais como a água, electricidade e gás e do desconto de 50 por
cento nos transportes públicos.
Foram muitos os
ranchos folclóricos que se integraram nesta jornada de luta e que, em uníssono,
cantaram “Grândola, Vila Morena” e o Hino Nacional.
A Direcção da
Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos MURPI
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