CONTRA OS ROUBOS
NAS PENSÕES!
No 40.0 Aniversário da Revolução de
Abril, numa situação de forte ofensiva deste Governo contra os rendimentos e as condições de vida dos reformados, o MURPI ao pro mover esta Ação Nacional de Luta pretende, não só reforçar e ampliar a luta travada por diversos setores de reformados,
dando mais força à sua indignação e protesto, como valorizar a
unidade da sua luta contra os roubos das suas pensões e dos seus direitos sociais.
O MURPI, constituído em 1978, pela força
de Abril, é a expressão da organização
de milhares de reformados, pensionistas e idosos, que criaram o seu
movimento associativo e a suas Associações
para de- fender os seus direitos sociais (elevação das condições
de vida, pelo direito às pensões, ... pelo direito à saúde) e também para valorizar
culturalmente as formas de ocupação de tempos livres.
O MURPI está confiante no empenhamento de todas as suas
estruturas no êxito dos objetivos desta Ação Nacional, pela afirmação da
atualidade do projeto da Confederação, enquanto estrutura organizativa
da defesa dos direitos dos reformados, aposentados e pensionistas e da visibilidade do
património cultural das suas Associações.
O MURPI está confiante na adesão e participação de
milhares de reformados, aposentados e pensionistas, homens e mulheres que não
estando diretamente associados a esta Confederação
se assumem como sujeitos activos na luta em
defesa dos seus direitos sociais fortemente ameaçados pela política do
actual Governo.
Um Governo que rouba aos
portugueses parte dos seus rendimentos para entregar à Banca e
aos grupos financeiros dezenas de milhões de euros em benefícios
fiscais.
Um Governo que
se prepara para alterar os critérios de atribuição da pensão de
sobrevivência penalizando mais uma vez os pensionistas.
Um
Governo que procura enganar os portugueses
quando afirma que 85% dos pensionistas não são atingidos por
estas medidas de cortes e de austeridade, escondendo
que cerca de dois milhões de pensionistas vivem em risco de pobreza, com baixos valores de
reformas que congelou a grande maioria das pensões (pensões de velhice,
invalidez e sobrevivência) desde 2010.
Um
Governo que criou a ilusão de que os cortes nos direitos tinham carácter
transitório quando pretende, de facto, torna-los definitivos, penalizando as
actuais e futuras gerações de reformados.
A tudo
isto acresce o aumento de uma pesada carga fiscal, dos preços dos bens e
serviços essenciais , dos transportes, das rendas de casa e das despesas com
saúde que levam a um empobrecimento generalizado deste grupo social. Um grupo
social que é chamado a apoiar filhos e netos, também
eles a braços com duras condições de vida e de trabalho e em
que em muitos casos são obrigados a emigrar.
Por tudo isto, a Ação Nacional
de Luta dos reformados, aposentados e pensionistas
será
expressão
da confiança na justeza da exigência de demissão do actual
Governo e de convocação de eleições antecipadas que abram caminho a soluções
políticas e governativas ancoradas nos valores e direitos de Abril e plasmadas na Constituição da República.
Os reformados, aposentados
e pensionistas lutam em defesa de direitos próprios num Portugal
mais justo, mais solidário e soberano.
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